sábado, 30 de junho de 2018

Meus trechos de: A Abolição do Homem



O dever do educador não é o de derrubar florestas, mas o de irrigar desertos

Uma ética baseada no instinto vai dar ao Inovador tudo o que ele quer e livrá-lo de tudo o que não quer.

Dificilmente você poderia abrir um periódico sem tropeçar na afirmação de que nossa civilização precisa de mais “movimento” ou “ dinamismo”, ou abnegação ou criatividade.

Em espécie de ingenuidade macabra, removemos o órgão e demandamos sua função. Criamos os homens sem peito e esperamos deles a virtude e a iniciativa.

Zombamos da honra ficamos chocados ao encontrar traidores em nosso meio.

Nós os castramos e exigimos dos castrados que sejam frutíferos.

Quanto mais complexa a atividade, mais consciente ela é.

Nada do que é humano me é alheio .

A mente humana ao tem mais poder de inventar um novo valor do que de imaginar uma nova cor primária ou até de  criar um novo sol e um novo céu, no qual ele possa se mover.

Duvido que a história nos dê um exemplo de homem que, tendo dado o passo para fora da moralidade tradicional e tendo obtido poder, tenha usado esse poder de forma benéfica.

Não seremos, na verdade, nada mais que escravos e marionetes daquele a que vendemos nossas almas.

Você não pode “enxergar o que está por trás” das coisas para sempre. O propósito todo de perscrutar alguma coisa é de ver a realidade através dela.

É bom que a janela seja transparente, porque a estrada ou o jardim  que está la fora é opaco.

Se você perscrutasse tudo, então tudo seria transparente, mas um mundo totalmente transparente é um mundo invisível.

“Perscrutar” todas as coisas é o mesmo que não enxergar nada.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Coisas que só pessoas que gostam muito de livros entendem



Porque, às vezes, não existe companhia melhor do que uma boa história!

Por: Marcela Bonafé/Adaptado

É muito comum ouvir alguém afirmando que não gosta de ler ou que tem preguiça. Para quem é apaixonado por livros, isso seria o mesmo que dizer que não gosta de respirar. Afinal, ler já virou necessidade! Você sabia que existe até uma palavra para definir pessoas que amam e colecionam livros? É bibliófilo. Se identificou?! Então, com certeza, você sabe exatamente como é…

Comprar um livro pela internet e ficar muito ansiosa pela entrega.
Abrir o site todos os dias para checar a previsão de entrega… Quem nunca?

Marcar os livros com lápis e post it.
Assim fica mais fácil encontrar as partes favoritas.

Entrar na livraria para comprar um exemplar e sair com muito mais
É tão difícil resistir.

Preferir ficar em casa lendo…
Afinal, no livro você pode ir para outro lugar sem sair da sua cama e sem tirar o pijama.

Ser chamada de louca porque tem reações extremas enquanto lê.
Ler em público é sempre um problema porque você chora, ri, grita e fala com as personagens, o que atrai olhares estranhos das pessoas.

Cheirar livros. Sim! Ahh… Cheirinho de livro novo.   Tem coisa melhor?!
Não dá para explicar, é muito bom.

Criar milhares de expectativas para ver como vai ficar uma adaptação para o cinema.
Como não ficar tensa ao imaginar quem vai interpretar as personagens que você ama?! Sem falar na curiosidade pelo roteiro, que sempre omite alguns detalhes da história… aaaaa!

Desenvolver a habilidade de ler em qualquer lugar, inclusive em movimento.
As pessoas até te perguntam como você consegue ler no ônibus balançando.

Ficar desesperada quando vê alguém dobrando a página ao invés de usar marcador.
Se não tiver marcador, pegue uma notinha fiscal, uma folha de árvore, um folheto. Mas, por favor, não dobre a coitada da página.

Sentir ciúme dos próprios livros.
Afinal, eles são especiais.

Desejar muito ter uma biblioteca em casa.
Bem grande e lotada. Você nem precisa de um quarto, pode dormir lá dentro mesmo.

Sentir orgulho da estante, como se cada livro exposto fosse um troféu!
a estante está sempre impecável.

Ter mais livros do que tempo para ler.
Sua pilha de leituras é enorme e só aumenta.

Querer muito morar dentro de algum livro.
Às vezes, você se apaixona tanto por uma história que fica morrendo de vontade de fazer parte dela.

Criar e idealizar todas as personagens e cenas na sua cabeça.
Essa é uma das partes mais legais, porque cada pessoa imagina coisas diferentes sobre um mesmo livro.

Julgar um livro pela capa.
Não dá para negar que às vezes você sente vontade de ler um livro só porque a capa é maravilhosa.


.........Boa leitura bibliófilos 

terça-feira, 19 de junho de 2018

Se não pode contar como fez, não faça


 ~Por: Ingridy Ribeiro - Coach de Vida &Carreira ~
Em 2012, durante uma maratona na Espanha, Fernandez Anaya surpreendeu o público. Ele era o segundo colocado da prova quando viu o queniano Abel Mutai, que liderava com folga, diminuir o ritmo a poucos metros da vencer, por pensar erroneamente que já havia ultrapassado a linha de chegada. E o que fez o espanhol? Ao invés de aproveitar o erro do adversário para vencer a corrida, o alertou e ainda o empurrou até a vitória.
Logo após o episódio, um jornalista se aproximou de Fernandez e perguntou: "Por que você fez o que fez?". E o espanhol respondeu: "Fiz o que?". Fernandez tinha valores de conduta tão fortes e claros, que tal questionamento não fazia sentido e, portanto, não entendeu a pergunta que lhe foi feita. O jornalista insistiu em questionar por qual razão ele tinha feito aquilo e, o jovem espanhol repetiu: "Isso o quê?". Para Fernandez não havia outra coisa a se fazer senão aquilo que ele havia feito. Simples assim.
O jornalista teimou: "Você deixou ele ganhar!". "Eu não deixei ele ganhar, ele ia ganhar!", respondeu Fernandez. "Mas ele estava distraído", repisou o jornalista. Fernandes foi fatal: "Se eu deixasse ele ganhar, qual seria o mérito da minha vitória? O que é que, quieto e sem câmeras, eu ia pensar de mim mesmo? Se eu subisse no pódio, no lugar de número 1, qual seria a honra da minha vitória? Qual seria a dignidade do meu sucesso? Se eu fizesse isso, o que eu diria para minha mãe?"
Esse texto foi inspirado em uma entrevista que assisti do Mario Sergio Cortella. Ele acredita que a figura da nossa mãe, é o último reduto que não queremos envergonhar e cita Immanuel Kant, grande filósofo alemão do século 18, em uma frase estupenda: "Tudo o que não puder contar como fez, não faça".
Afinal, se há razões para não contar, essas são as razões para não fazer. E isso não diz respeito a sigilo e privacidade, a mensagem é: tudo o que não puder contar como fez, porque se alguém souber você ficará com vergonha de ter feito, então nem faça.
Cortella ainda cita o apóstolo Paulo dos cristãos: "tudo me é lícito, mas nem tudo me convém". (Coríntios 6:12).
Ou seja, você pode fazer qualquer coisa, porque você é livre. Mas você não deve fazer qualquer coisa. E o que você não deve fazer? Aquilo que suja, que macha sua trajetória, que agride a sua comunidade, aquilo que envergonha a si mesmo e as pessoas que você ama e em última análise, o que entristece sua mãe.
Que possamos ir para a cama - quietos e sem câmeras - todas as noites de bem e não envergonhados com a gente mesmo!