sábado, 30 de dezembro de 2017

PRA COMEÇAR BEM O ANO

Por: Ed René Kivitz
#1  Não assuma compromissos do tipo “vou iniciar uma dieta”, “vou começar alguma atividade física”, “vou terminar o curso de inglês”. Esse tipo de coisa serve apenas para acumular culpa e frustração sobre os seus ombros.
#2  Trate  “lugares futuros imaginários” apenas como referência para a maneira como você vive hoje – faça valer a caminhada: se você chegar lá, chegou, se não chegar, não terá do que se arrepender. A felicidade não é um lugar aonde se chega, mas um jeito como se vai.
#3 Não pense que você vai conseguir dar uma guinada na vida apenas mudando o seu visual. É a alegria do coração que dá beleza ao rosto, e não a beleza do rosto que dá alegria ao coração.
#4  Não faça nada que vá levar você para longe das suas amizades verdadeiras. Amizades levam um tempão para se consolidar e um tempinho para esfriar, pois assim como a proximidade gera intimidade, a distância fragiliza os vínculos.
#5 Não fique arrumando desculpas nem explicações para as suas transgressões. Quando cometer um pecado, assuma, e simplesmente diga “fiz sim, me perdoe”. Comece falando com Deus e não pare de falar até que tenha encontrado a última pessoa afetada pelo que você fez.
#6 Não faça nada que cause danos à sua consciência. Ouça todo mundo que você confia, tome as suas decisões, e assuma as responsabilidades. Não se importe em contrariar pessoas que você ama, pois as que também amam você detestariam que você fosse falso com elas ou se anulasse por causa delas.
#7 Não guarde dinheiro sem saber exatamente para que o está guardando. Dinheiro parado apodrece e faz a gente dormir mal. Transforme suas riquezas em benefícios para o maior número de pessoas. É melhor perder o dinheiro que ocupa seu coração, do que o coração que se ocupa do dinheiro.
#8  Ao se olhar no espelho ao amanhecer, lembre que com o sol chega também a misericórdia de Deus: a oportunidade de começar tudo de novo.
#9 Não leve mágoas, ressentimentos e amarguras para o ano novo. Leve pessoas. Sendo necessário, perdoe ou peça perdão. Geralmente as duas coisas serão necessárias, pois ninguém está sempre e totalmente certo. Respeite as pessoas que não quiserem fazer a mesma viagem com você.
#10 Não deixe de se perguntar se existe um jeito diferente de viver. Não acredite facilmente que o jeito diferente de viver é necessariamente melhor do que o jeito como você está vivendo. Concentre mais energia em aprender a desfrutar o que tem do que em desejar o que não tem.
#11 Não deixe o trabalho e a religião atrapalharem sua vida. Cante sozinho. Leia poesias em voz alta. Participe de rodas de amizade. Não tenha pressa de deixar a mesa após as refeições. Pegue crianças no colo. Ande sem relógio. Fuja dos beatos.
#12 Não enterre seus talentos. Nem que seu único tempo para usá-los seja da meia noite às seis. Ninguém deve passar a vida fazendo o que não gosta, se o preço é deixar de fazer o que sabe. Útil não é quem faz o que os outros acham importante que seja feito, mas quem cumpre sua vocação.
#13 Não crie caso com a mulher ou com o marido. Nem com o pai nem com a mãe. Nem com o irmão nem com a irmã. Caso eles criem com você, aja com  amor, não faça  guerra. O resto se resolve.
#14 Não jogue fora a utopia. Ninguém consegue viver sem acreditar que outro mundo é possível. Faça o possível e o impossível para que esse outro mundo possível se torne realidade.
#15 Não deixe a monotonia tomar conta do seu pedaço. Ninguém consegue viver sem adrenalina. Preste bastante atenção naquilo que faz você levantar da cama na segunda-feira: se for bom apenas para você, jogue fora ou livre-se disso agora mesmo. Caso não queira levantar da cama na segunda-feira, grite por socorro.
#16 Não deixe de dar bom dia para Deus. Nem boa noite. Mesmo quando o dia não tiver sido bom. Com o tempo você vai descobrir que quem anda com Deus não tem dias ruins, apenas dias difíceis.
#17 Não negligencie o quarto secreto onde você se encontra com seu eu verdadeiro e com Deus – ou vice-versa. Aquele quarto é o centro do mundo – o mundo todo cabe lá dentro, pois na presença de Deus tudo está e tudo é.
#18 Não perca Jesus de vista. Não tente fazer trilhas novas, siga nos passos dEle. O caminho nem sempre será tão confortável e a vista tão agradável, mas os companheiros de viagem são inigualáveis.
#19 Faça sua própria lista. Escolha bem seus mestres e suas referências. Examine tudo. Ouça seu coração – geralmente é ali que Deus fala. Misture tudo e leve ao forno.
#20 Não fique esperando que sua lista saia do papel. Coloque o pé na estrada. Caso não saiba por onde começar, não tem problema. O sábio disse ao caminhante que “não há caminho, faz-se caminho ao andar”.

"Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso 
coração alcance sabedoria". Salmos 90.12


sábado, 23 de dezembro de 2017

Dezembro é tempo de festa e de pensar na vida


Por:  Kie Kume

De modo muito simples, podemos dizer que as empresas, ao fazerem o balanço do ano, procuram mostrar a seus acionistas ou proprietários se houve equilíbrio entre receitas e despesas e se houve lucro. Em meio às festas de final de ano – um período precioso de descanso, reflexão e convivência mais intensa em família –, devemos reservar algum tempo para pensar na vida e fazer um balanço do quanto conseguimos avançar em nossos projetos e na realização de nossos sonhos – o que fiz, onde acertei, onde errei, o que conquistei, o que preciso mudar. Também é hora de olhar com mais atenção para as pessoas que nos cercam, de nos preocupar mais com os outros, renovando relacionamentos, reconstruindo sonhos.

Em um de seus muitos best sellers, Think Big, Pense Grande, o autor japonês Ryuho Okawa recomenda que cada um dê uma boa olhada em si mesmo. “Para que nasci? O que vim fazer nesta vida? Olhe seus dons, sua personalidade, suas qualidades. Relembre o que fez e como viveu os anos que se passaram até o presente momento. A partir daí poderá descobrir a missão e vocação que se encontra nas profundezas de seu coração”, colocando-as a serviço da família, da comunidade, do país.

“É muito difícil tentar dedicar a vida ao trabalho se você não sabe qual é sua vocação divina” diz Okawa em Trabalho e Amor, recém-lançado no Brasil. “Se um indivíduo sente o desejo de fazer um trabalho que beneficie o mundo, então não pode se dar ao luxo de ignorar as necessidades e exigências dos outros. O desejo de satisfazer os outros, o espírito de servir ao próximo são forças importantes que irão imbuir seu trabalho com a energia do amor. O amor pode ser encontrado na atenção aos detalhes e também na sabedoria de não perder de vista as necessidades dos outros.”

Nosso balanço de vida deve começar pela família, onde nasce e se alimenta a verdadeira felicidade. Primeiramente, precisamos avaliar como estamos nos relacionando com as pessoas mais próximas de nós. Se estamos num casamento ou num relacionamento sério, é fundamental checar o que cada um está fazendo para solidificar esse amor. Há comportamentos que deveriam ser banidos, por estarem manchando e enfraquecendo a relação de fidelidade entre os dois. Quando há filhos, daí a responsabilidade com que se deve fazer esse balanço é ainda maior. Nossa missão como pais está sendo cumprida? Há acompanhamento, diálogo, convivência? No papel de filhos, também é importante avaliar como estamos nos relacionando com nossos pais. Nesta época de aceleradas mudanças, são mais frequentes os desentendimentos e mais difícil a convivência entre gerações. Por isso, é fundamental sermos mais compreensivos e tolerantes, sempre abertos ao diálogo. Dezembro é um mês muito oportuno para refletir sobre a dimensão do amor em nossa família. É hora de regar essa flor com gestos de carinho e, se for o caso, com pedidos de perdão. Nunca é tarde para recomeçar.

Por conta dos vestibulares, também é um bom momento para muitos jovens avaliarem como anda evoluindo sua formação, como foi a dedicação aos estudos durante o ano. É importante ter a consciência de que, além de buscar a formação acadêmica e profissional para o trabalho, é preciso se dedicar à construção do próprio caráter, necessário à realização da vocação divina que carregamos. Bons livros devem ser companheiros permanentes nessa caminhada. “Quanto mais a compreensão da pessoa se aprofunda, mais ela tem o desejo de aprender”, diz Ryuho Okawa, incentivando os jovens a desenvolverem todo o seu potencial humano. “Os jovens possuem muitas qualidades louváveis, mas penso que, de todas elas, a melhor é sua capacidade de idealizar. Essa capacidade permite ver as coisas de maneira mais positiva e faz com que a pessoa defina suas metas com possibilidades infinitas. Quando um jovem é incapaz de nutrir ideias, então podemos dizer que é uma pessoa velha, enquanto uma pessoa de 40, 50, ou mesmo 60 ou 70 anos, cujo espírito é ainda fresco e não perdeu seus ideais, pode ser considerada alguém que ainda tem a juventude nas mãos”, diz o autor em Trabalho e Amor.

Que neste final de ano, nos empenhemos em refletir como anda nossa vida e sobre o que é preciso mudar, seja na família, nas relações pessoais, na escola ou no trabalho. Que o espírito do Natal aqueça nossos corações e renove nossas esperanças. Se não aproveitarmos nossa capacidade de criar ideais, esses ideais irão murchando dentro de nós. Boas festas!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Meus trechos de "O MONGE E O EXECUTIVO"


"O bom é que quando estamos comprometidos com o amor a Deus e aos outros, e continuamos a investir nesse sentido, comportamentos positivos acabarão produzindo sentimentos positivos, algo que os sociólogos chama de práxis."

"Nós todos temos a tendência de ser muito sensíveis, mesmo que tentemos aparentar calma."

“Nas nossas contas bancárias financeiras fazemos depósitos e retiradas, esperando nunca ficar a descoberto”.

"O que pensamos ou no que acreditamos não tem muita importância. A única coisa relevante é o que fazemos" (John Ruskin)

"O pensamento tradicional nos ensina que os pensamentos e sentimentos dirigem nossos comportamentos, e, claro, sabemos que isso é verdade.
A práxis ensina que o oposto também é verdade. ....Nosso comportamento também influência nossos pensamentos e sentimentos"

"O modo de ser das pessoas depende das decisões, mas não das condições"

"...não tomar um decisão já é uma decisão ....- Não fazer uma escolha já é uma escolha."

"Olhe em torno de nós...os maiores prazeres da vida são totalmente grátis."

"É importante tratar outros seres humanos exatamente como você gostaria que eles o tratassem."

" Exercer influência sobre os outros, que é a verdadeira liderança, é possível para todos, mas requer uma enorme doação pessoal."

"Autoridade não pode ser comprada nem vendida, nem dada ou tomada. A autoridade diz respeito a quem você é como pessoa, o seu caráter e influência que estabelece sobre as pessoas."

"A chave para a liderança é executar as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos."

"Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde começou." (Provérbio Chinês)

"Li em algum lugar que não vemos o mundo como ele é, mas como nós somos...O mundo parece muito diferente dependendo da nossa perspectiva."

"Tudo na vida é relacional, tanto verticalmente para Deus quanto horizontalmente para o próximo."

"O ouvir ativo requer esforço consciente e disciplinado para silenciar toda a conversão interna enquanto ouvimos outro ser humano."

"O trabalho de tratar os outros com bondade, de ouvir ativamente, de ter e expressar consideração, de elogiar, de reconhecer, de estabelecer o padrão, de deixar clara as expectativas, de dar as pessoas condições para manterem o padrão estabelecido - isto é de fato uma missão diária"

" Alguém uma vez disse , se não tivermos um objetivo definido, nos dispensaremos em ações sem sentido."

"Quando negamos as nossas próprias necessidades e vontades e nos doamos aos outros, crescemos."

"Há muito tempo um homem chamado Syrus disse que de nada vale aprender bem se você deixar de fazer bem."

sábado, 18 de novembro de 2017

Felicidade em Viver


POR:  KIE KUME 

Em qualquer profissão, em qualquer situação, procure sempre cultivar sentimentos de justiça em relação à família, aos colegas ou aos subordinados. Ser justo é saber compreender os que nos cercam, é trabalhar por sua felicidade. Ser justo é também ter a coragem de usar um remédio amargo para reverter uma situação difícil, seja na família, na empresa ou na comunidade em que vivemos. A verdadeira justiça é a que nasce da verdade. Começa com a consciência de que somos filhos de Deus. 

É a “justiça do bom coração”, diz o autor japonês Ryuho Okawa em seu livro “As Leis da Justiça”. Okawa diz que “os iluminados não julgam o próximo. Os iluminados não tentam machucar as pessoas. E estão sempre prontos a oferecer uma boa palavra. São ignorantes os que lançam veneno no coração das pessoas. Ser bom é fazer com que muitas pessoas sintam felicidade em viver”. Para o autor, a grande compaixão é “enxergar o sofrimento e a tristeza do próximo e derramar lágrimas por ele”.

As leis humanas mudam de uma nação para outra, de uma época para outra, seguindo tradições e costumes. Uma atividade pode ser considerada ilegal em um país, não em outro, como, por exemplo, em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo ou ao uso controlado de drogas. Já a justiça que nasce de um coração bom e compreensivo é eterna, porque se preocupa com a realização e a felicidade dos outros.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados; bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”, disse Jesus em seu conhecido Sermão da Montanha. Traduzindo essa mensagem para o mundo de hoje, poderíamos dizer “bem-aventurados” os que lutam por um mundo melhor, por justiça social, pela divulgação de ideias que conduzem à verdade e à felicidade. Bem-aventurados todos os pais, todas as pessoas, governantes e governados, que seguem esse caminho. Construirão famílias, comunidades e nações mais prósperas e felizes.

No mês de outubro, celebramos o Dia das Crianças, que precisam de exemplos de retidão e justiça para moldar um caráter que as capacite a tornar nosso País e nosso mundo um lugar melhor para se viver. Que os pais consigam ser, ao mesmo tempo, exigentes, justos e compreensivos no desafio de proporcionar aos filhos uma educação plena, que inclua formação científica, cultura, história e valores morais. 

O mesmo desafio é dos professores, cujo dia também comemoramos em outubro. Eles têm boa parte da responsabilidade de formar pessoas transformadoras.

O mundo está sedento de justiça. Há minorias que não têm seus direitos respeitados. Há centenas de milhares que não possuem uma moradia digna. Há milhões que estão à margem do desenvolvimento. O mundo anseia pelo surgimento de governantes justos, que se preocupem com os excluídos. 

A justiça que vem de Deus paira acima das leis humanas. É praticada com sabedoria, humildade e compreensão, com a consciência de que devemos, sim, atacar o pecado, mas sempre abraçando o pecador e dando-lhe condições para que volte a trilhar o caminho do bem. Quem de nós não cometeu erros ao longo da vida? Atire a primeira pedra quem não tiver pecado, disse Jesus a um grupo de seu tempo que queria apedrejar uma prostituta.

Todos nós somos chamados a cultivar sentimentos mais nobres em nossos corações. Todos nós somos chamados a participar da construção de um mundo melhor e mais justo. Se cada árvore produzir seus frutos, se cada um deixar germinar em seu coração as sementes do bem estará formada a floresta do amor.


sábado, 4 de novembro de 2017

Projeto Reformadores - Filme (2017)

O Projeto Reformadores produzido pela Doizel visa homenagear os 500 anos da Reforma Protestante contando como ela foi vivida em sua chegada ao Brasil, como ela é vivida hoje e como ela pode ser vivida no futuro. 

Feliz 500 anos! Soli deo gloria!


Reforma Protestante: 500 anos depois




“Jesus foi considerado digno de maior glória do que Moisés, da mesma forma que o construtor de uma casa tem mais honra do que a própria casa” (Hb3.3).



“Pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus”  (Hb 11.10).




Estamos próximos da data referencial para as comemorações dos quinhentos anos da Reforma Protestante. Desde aqueles dias longínquos de 31 de outubro de 1517 o mundo sofreu profundas transformações. Deus serviu-se de muitos movimentos na filosofia, na política, na arte e na economia que já estavam em curso no século dezesseis, como o cenário ideal para a Reforma de sua Igreja. 

Inegavelmente, Martinho Lutero nunca teve a intenção de separar-se da Igreja então estabelecida. Na verdade, um grande número de suas teses e durante certo período de suas contestações, o monge alemão procurava isentar o papa de quaisquer erros, pecados ou cumplicidade com os desmandos que ele estava denunciando. Somente com o passar do tempo e com o desenrolar dos acontecimentos, Martinho Lutero deu-se conta de que a Igreja não estaria aberta ao diálogo e às suas possíveis contribuições como teólogo, professor e pregador das Escrituras.

Fundamentalmente o movimento da Reforma é um evento de natureza religiosa e eclesiástica. Não era um movimento que visava reformar a estrutura governamental e política, não deseja criar novos dogmas ou novos cânones. Como disse, nem mesmo a autoridade do papa ou a legitimidade da sucessão episcopal foi questionada nos primeiros ventos reformadores. A reforma Protestante foi o desejo de se voltar o mais próximo possível, na práxis, na ética, no culto e na vida da Igreja e dos cristãos, ao padrão encontrado nas Escrituras. Para tanto, nossos pais reformadores passaram a testar no crivo das Escrituras todas as coisas que envolviam a dinâmica da fé. Aquilo que não pôde sustentar-se diante da Palavra de Deus ou que não foi possível provar como sendo diretamente ordenado pela Bíblia ou que pela luz da natureza e prudência cristã, não encontrasse respaldo nas orientações gerais inferidas da revelação bíblica, deveria ser abandonado sem mais considerações.

À luz da Palavra de Deus, mesmo a tradição salutar e multissecular precisou ser avaliada, purificada e validada. Antes disso, para comprovar o seu valor a Bíblia necessitava da autoridade dos pais da igreja e dos antigos doutores, com suas interpretações, intuições e tratados. A Reforma inverteu essa lógica, desde então, não importa quem tenha dito o quê, um pai da Igreja da envergadura de um Agostinho, um teólogo da estatura de Tomás de Aquino ou um célebre papa como Gregório o Grande, esses só devem ser ouvidos se o que ensinam sobrevivem ao teste da Palavra de Deus. Se com ela se harmonizam e se subordinam, seria uma temeridade não ouvi-los e com eles aprender. Se o que ensinam, contradizem a palavra de Deus, seria loucura, pecado, dar-lhes ouvidos e imitar a sua vida e a fé. Assim, da cátedra ao púlpito, da sacristia ao altar, dos claustros à paróquia, liturgia, pregação e ética foram sofrendo profundas depurações, correções, reformas e sendo adequadas e harmonizadas com a Palavra de Deus.

A consequência disso tudo é que o século dezesseis viu surgir um novo homem, o ‘Homo Reformatus’. Esse novo homem não é menos religioso que o seu ancestral medieval, todavia a sua fé é mais racional, mais inteligível, mais provada e alicerçada. Sua experiência do sagrado não é ‘magiada’, supersticiosa e refém do ‘tremendo sobrenatural’ que era representado nas liturgias misteriosas e incompreensíveis. O adorador reformado adora com a mente, com o entendimento, seu culto é racional na medida em que é uma resposta amorosa ao Deus que abre diálogo com ele mediante a clareza e simplicidade das Escrituras.

Esse novo homem forja também uma nova sociedade, uma nova cultura. Redescobre, a partir da Bíblia, a sacralidade e a santidade do casamento. Redescobre o casamento como um meio natural e ordinário para a santificação dos cristãos. Passa a entender que os cônjuges são chamados à mesma perfeição, às mesmas virtudes e ao mesmo estado de santidade do que aqueles que emitiam seus votos monásticos em uma ordem religiosa. O trabalho manual, a geração de renda, a dignidade da pessoa humana, da mulher, da criança e a popularização da alfabetização são outras afirmações originadas a partir de um novo entendimento da fé, da relação com Deus com base no pacto de graça realizado exclusivamente por Cristo.

Quinhentos anos depois, o canteiro de obras da Reforma da Igreja permanece ativo, ainda, como sempre e infelizmente, os operários são poucos, mas as demandas ainda estão aí. Precisamos pedir a Deus que esse homem novo, o homem bíblico, o ‘homo reformatus’, continue a ser gerado pela fé a fim de que essa obra iniciada e tantas vezes interrompida, adiante os seus dias, para que de cada povo e nação, surja uma igreja fiel. E assim, esteja muito, muito perto, a volta gloriosa de Jesus e aí, uma Igreja nova e acabada seja por Ele resgatada. Que a Reforma continue!

Por.: Luiz Fernando dos Santos (Ministro da Palavra na Igreja Presbiteriana Central de Itapira)
Fonte: www.ultimato.com.br

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Redefina o valor da sua Família


A família e os pilares que a sustentam sofreram fortes abalos a partir de meados do século 20. Alguns deles foram determinantes e necessários para torná-la mais transparente, autêntica, para a preservação de seus valores e para mantê-la, como sempre foi chamada, um “ninho de amor” e porto seguro contra as inevitáveis tempestades da vida.
No afã de acumular dinheiro e riquezas, muitas vezes você pode se esquecer da importância que a família ocupa em sua vida. É nela que está quem mais o ama – a pessoa a quem se uniu, os filhos, pais, avós, tios, sobrinhos, primos.
É muito importante termos determinação para conquistar o sucesso e construir uma carreira bem-sucedida. Devemos, sim, buscar sempre o melhor e construir uma poupança para nossa velhice e para a boa educação de nossos filhos. O autor japonês Ryuho Okawa, que acaba de lançar As Leis da Invencibilidade, diz que nem sempre o sucesso garante a felicidade. Por isso, devemos nos esforçar para que sucesso e felicidade andem juntos.
Muitos homens de negócios deixam de dar a devida atenção à felicidade de sua família e se esforçam apenas para progredir na carreira. É preciso manter uma vida de equilíbrio, ter aspirações nobres e trilhar o caminho do meio – nem sacrificando a felicidade pessoal e a dos que nos cercam em nome do sucesso, nem tendo uma atitude radicalmente oposta, ou seja, abrindo mão do sucesso por julgar que isso garantirá a felicidade da família.
Quando falamos em caminho do meio, falamos em uma vida de equilíbrio entre o tamanho de nossa dedicação à carreira ou à empresa em que trabalhamos e o tamanho de nossa dedicação à família, aos cuidados com nossa saúde e educação, sem nos esquecer de investir no desenvolvimento de nossa própria espiritualidade. Felicidade é viver a vida em todas as suas dimensões e em sua plenitude.
Essa consciência se torna mais forte quando, afetados por crises, nos voltamos para nossa vida privada, reavaliamos nossas condutas materialistas e a avidez pela riqueza ou poder, e nos voltamos mais para valores religiosos. Com o tempo, como diz Okawa, “as pessoas ficam mais introspectivas e começam a sentir que deveriam colocar um freio em sua ambição”. Ele observa que, com menos dinheiro para gastar com amigos e compromissos, naturalmente cresce a convivência com a família e a redescoberta de seus valores.
“Essa mudança pode proporcionar lições importantes. Assim como as pessoas somente dão o devido valor à saúde quando adoecem, os workaholics (viciados em trabalho) podem transformar o período de recessão em oportunidade para refletir sobre a vida que têm levado”, diz o mestre. O foco para uma vida baseada em valores interiores, deixando para trás uma vida de ostentação e extravagâncias, ajudará na compreensão do verdadeiro valor da espiritualidade e na redescoberta dos valores familiares.
Um dos três últimos desejos de Alexandre Magno (rei da Macedônia, 356-323 aC.) expressos pouco antes de sua morte, foi o de ser levado ao cemitério onde seria enterrado com as mãos estendidas para fora do caixão – para que as pessoas soubessem que viera ao mundo de mãos vazias e que de mãos vazias sairia, mesmo depois de suas vitórias militares e grandes conquistas.
Verdade ou lenda, o episódio confirma que devemos sempre lutar para buscar o sucesso, mas com a consciência de que somente levaremos desta vida as riquezas espirituais que acumularmos, em especial o amor e a felicidade que tivermos compartilhado com nossa família e com as que pessoas com as quais convivemos. É também a mais valiosa herança que deixaremos.
Por:  Kie Kume 

sábado, 14 de outubro de 2017

Criança precisa de amor e atenção


Por Kie Kume*


O nascimento de uma criança é a renovação da esperança. É a vida que se perpetua. E não há dúvida de que as crianças têm hoje mais oportunidades e mais condições de realizar seus sonhos do que tiveram as gerações passadas. Mas, se as oportunidades se multiplicam, também aumentam os desafios que acompanham cada nascimento. Neste mundo globalizado, aumentou enormemente a responsabilidade dos pais. Já não basta dar a vida, criar, alimentar e educar, como fizeram muitos pais no passado. Hoje, a realidade é outra e os pais precisam se adequar aos novos tempos. Novos caminhos surgem a cada dia.

Muito antes de formarem seu senso crítico e de estarem preparadas para fazer escolhas, as crianças são bombardeadas por um mar de mensagens dispersas, mimos, modismos e novos aparelhos – num ambiente quase sempre tempestuoso, que as torna irritadiças e permanentemente insatisfeitas. Não há diversidade de brinquedos, roupas, alimentos, celulares e jogos eletrônicos que consiga satisfazê-las. Os pequenos estão influenciando o consumo das famílias e substituindo as brincadeiras de rua pelo computador e a TV, com consequências perigosas para sua saúde e formação.

É com esse permanente ‘quero mais’ que os pais têm de lidar, exigindo muita conversa, orientação e bons exemplos. Os ‘nãos’ têm de dar lugar à construção de uma amizade e a um diálogo transparente e franco em relação ao que cada lado considerar certo ou errado, como o controle ou não do acesso à internet e às redes sociais. Muitos acham que a criança não tem maturidade para estar na internet. Outros ponderam que não adianta proibir algo que lhes é facilitado pelo celular que carregam. A saída possível é orientar, construir e acompanhar.

O escritor japonês Ryuho Okawa, autor do best seller Think BIG - O poder para criar o seu futuro, sinaliza a importância de se trabalhar o futuro da criança: “Se você deseja construir um futuro, precisa alimentar grandes sonhos em seu coração. Seus pensamentos determinam sua vida. Mas seus pensamentos precisam ser mais do que meras intenções. Cuide para que os pensamentos negativos não criem raízes. Tenha pensamentos afirmativos e positivos. Cuidado com as ideias que você planta em sua mente. Elas irão determinar o tom geral da sua vida.”

Uma dose redobrada de amor e compreensão se faz necessária por parte dos pais. Ryuho Okawa afirma que “o amor parece agir como uma forma de nutrição para a criança pequena. Quando o desejo de ser amada não é satisfeito, a criança reage, tornando-se provocadora e causando problemas aos outros”. Em palestra realizada no Japão, Okawa enfatizou que “a causa fundamental dos problemas da vida encontra-se na família, na infância, e muita gente chega à maturidade sem os ter superado. O modo de pensar e viver do indivíduo na infância é o ponto de partida, por isso tem um significado importantíssimo. Mas acontece que a família ideal, sem nenhum tipo de problema, simplesmente não existe. Toda família apresenta pontos positivos e negativos, toda família tem um ou outro tipo de problema”.

Diante desse desafio dos tempos modernos, é fundamental proporcionar uma boa formação humana e espiritual às crianças. Que por meio do amor, do diálogo, da compreensão e busca de ajuda, se necessária, cada um descubra o melhor caminho para cumprir sua missão. 



*Kie Kume é gerente da IRH Press do Brasil, editora que publica em português as obras de Ryuho Okawa. Um dos autores mais prestigiados no Japão, Okawa tem mais de 2.200 livros publicados, ultrapassando 100 milhões de cópias vendidas, em 28 idiomas. www.okawalivros.com.br 
                                 



quarta-feira, 27 de setembro de 2017

SINAIS DE UMA VIDA PLENA


No livro A arte da imperfeição Brené Brown define os 10 sinais de uma vida abundante, que indicam o que uma pessoa plena se esforça para cultivar e do que ela luta para se libertar.

Uma pessoa plena:

1. Cultiva a autenticidade; se liberta do que os outros pensam.
2. Cultiva a autocompaixão; se liberta do perfeccionismo.
3. Cultiva um espírito flexível; se liberta da monotonia e da impotência.
4. Cultiva gratidão e alegria; se liberta do sentimento de escassez e do medo do
desconhecido.
5. Cultiva intuição e fé; se liberta da necessidade de certezas.
6. Cultiva a criatividade; se liberta da comparação.
7. Cultiva o lazer e o descanso; se liberta da exaustão como símbolo de status e da produtividade como fator de autoestima.
8. Cultiva a calma e a tranquilidade; se liberta da ansiedade como estilo de vida.
9. Cultiva tarefas relevantes; se liberta de dúvidas e suposições.
10. Cultiva risadas, música e dança; se liberta da indiferença e de “estar sempre no controle”.

Viver plenamente quer dizer abraçar a vida a partir de um sentimento de amor-próprio. Isso
significa cultivar coragem, compaixão e vínculos suficientes para acordar de manhã e pensar: “Não
importa o que eu fizer hoje ou o que eu deixar de fazer, eu tenho meu valor.” 

Trecho do Livro:  A Coragem de Ser Imperfeito de Brené Brown 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

VIVER COM OUSADIA

O QUE SIGNIFICA VIVER COM OUSADIA?
Não é o crítico que importa; nem aquele que aponta onde foi que o homem tropeçou ou como o autor das façanhas poderia ter feito melhor. O crédito pertence ao homem que está por inteiro na arena da vida, cujo rosto está manchado de poeira, suor e sangue; que luta bravamente; que erra, que decepciona, porque não há esforço sem erros e decepções; mas que, na verdade, se empenha em seus feitos; que conhece o entusiasmo, as grandes paixões; que se entrega a uma causa digna; que, na melhor das hipóteses, conhece no final o triunfo da grande conquista e que, na pior, se fracassar,
ao menos fracassa ousando grandemente.


Trecho do discurso “Cidadania em uma República”
(ou “O Homem na Arena”), proferido na Sorbonne
por Theodore Roosevelt, em 23 de abril de 1910.



As palavras do ex-presidente americano ecoam tudo o que aprendi em mais de uma década de pesquisa sobre vulnerabilidade. Vulnerabilidade não é conhecer vitória ou derrota; é compreender a necessidade de ambas, é se envolver, se entregar por inteiro.

Vulnerabilidade não é fraqueza; e a incerteza, os riscos e a exposição emocional que enfrentamos todos os dias não são opcionais. Nossa única escolha tem a ver com o compromisso. A vontade de assumir os riscos e de se comprometer com a nossa vulnerabilidade determina o alcance de nossa coragem e a clareza de nosso propósito. Por outro lado, o nível em que nos protegemos de ficar vulneráveis é uma medida de nosso medo e de nosso isolamento em relação à vida.

Quando passamos uma existência inteira esperando até nos tornarmos à prova de bala ou perfeitos para entrar no jogo, para entrar na arena da vida, sacrificamos relacionamentos e oportunidades que podem ser irrecuperáveis, desperdiçamos nosso tempo precioso e viramos as costas para os nossos talentos, aquelas contribuições exclusivas que somente nós mesmos podemos dar.

Ser “perfeito” e “à prova de bala” são conceitos bastante sedutores, mas que não existem na realidade humana. Devemos respirar fundo e entrar na arena, qualquer que seja ela: um novo relacionamento, um encontro importante, uma conversa difícil em família ou uma contribuição criativa. Em vez de nos sentarmos à beira do caminho e vivermos de julgamentos e críticas, nós devemos ousar aparecer e deixar que nos vejam. Isso é vulnerabilidade. Isso é a coragem de ser imperfeito. Isso é viver com ousadia.

Trecho do Livro:  A Coragem de Ser Imperfeito de Brené Brown 

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

CRENTES



Pedro apresenta cinco elementos cruciais que devem caracterizar qualquer grupo de crentes:
(1) harmonia, ao procurar as mesmas metas e objetivos;
(2) compaixão, ao responder às necessidades de outros;
(3) amor, ao ver e tratar a outros como irmãos;
(4) comunhão, ao ser sensíveis em nosso afeto e interesse; e
(5) humildade, ao procurar animar aos outros e se alegrar com os triunfos de outros.
Estas cinco qualidades são de grande ajuda para que os crentes possam servir a Deus com eficiência.

Fonte: Um No Senhor

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Permanecer



Pedro escreveu sua primeira carta pouco antes do imperador Nero iniciar a perseguição dos cristãos em Roma e em todo império. Temendo por sua vida, Pedro negou três vezes conhecer a Jesus (João 18:15-27); agora, tendo aprendido a permanecer firme em um mundo malvado, anima outros que enfrentam perseguição por sua fé. Pedro mesmo viveu de acordo com as palavras que escreveu, já que foi martirizado por sua fé. Os que se mantem firmes em Cristo serão perseguidos, porque o mundo sofre nas mãos dos inimigos de Cristo. Mas assim como o pequeno grupo de crentes da Igreja primitiva se manteve firme frente à perseguição, de igual modo devemos estar dispostos a defender nossa fé com a paciência, a força e o valor que Pedro mostrou.

Fonte: Um No Senhor

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A Manifestação do Amor

LeituraI João 4. 9 e 10

Infelizmente, muitos imaginam Deus como um Ser distante, carrancudo, velhinho, apático, sombrio e vingativo – está é uma visão errada de Deus.

“Já antes da vinda de Cristo ao mundo, as grandes nações filosóficas, Grécia, China e Índia, haviam completado suas filosofias  e, depois delas, nada de significativo surgiu. Baseadas  nessas filosofias, surgiram também religiões, mas nenhuma delas se assemelha ao Evangelho, pois a religião é a busca do homem a Deus, por isso há muitas religiões. Mas o Evangelho é Deus buscando o homem, por isso, há um só Evangelho”  (E. Stanley Jones)

Deus, sendo amor, nunca desistiu de Ser repartir com as pessoas. Mesmo quando as pessoas desobedecerem a Deus e contraíram uma divida impagável, ele planejou enviar o Messias para pagar a dívida e restaurar o relacionamento. Essa dói a demonstração concreta e inquestionável do amor de Deus.  
(João 15.13)

Cristo, pela Sua expiação, removeu a barreira que impedia a comunhão com Deus. Esse amor é incondicional, espontâneo, busca o bem de outrem à causa do seu próprio bem e se sacrifica pelo outro. Nisso consiste o amor.


Trecho:  Lição “ Nós amamos com Deus nos ama?
Revista: Vivendo o Amor de Deus – Estudos nas cartas de João
Editora Cristã Evangélica

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

UMA QUESTÃO DE EXERCÍCIO DA FÉ



A carta de Tiago começa trazendo sábios conselhos que nos ajudam a perceber como o caminho com cristo transforma nossas atitudes. A verdade é que as palavras de Tiago imediatamente nos confrontam quanto a uma série de implicações práticas e pessoais da fé viva e verdadeira.

Tiago 1. 2-4
Trata de nossa atitude em relação às provações. Tiago nos convida a aceitar com alegria provações e dificuldades. Não porque elas em si sejam agradáveis, mas porque enxergamos além da experiência presente e prevemos os resultados, como crescimento e amadurecimento da fé.

Tiago 1.5-8
Aprendemos sobre a nossa expectativa em relação à ajuda de Deus. Tiago nos lembra de que nosso Deus é doador; e um dos seus presentes é a sabedoria. Lembremos que essa sabedoria é pratica: é a capacidade de aplicar verdades espirituais a decisões diárias.

A partir  do verso 19, Tiago começa a mostrar o quanto a nossa fé em cristo deve transformar e moldar nossas atitudes para com as pessoas com quem convivemos diariamente. Ele traz outros ricos conselhos que podem nos ajudar a fazer com que as atitudes de casa dia se tornem mais parecidas com as de Jesus.


Trecho: Lição "Princípios para a Mutualidade"
Revista:  Mega Teem – Cooperação  
Editora Cristã Evangélica

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Provações Necessárias

Ler.: 1 Pedro  1.6

Todas as coisas precisam ser provadas, experimentadas, exercitadas na sua força, no seu poder, no seu valor e na sua eficiência. E assim é com o crente. Não somente pelo beneficio pessoal que lhe advirá disso, como também pelo testemunho que oferecerá nas suas vitórias perante o mundo.

Pedro agora percebia que as experiências se desagradáveis de fracassos e provações, pelas quais passou no discipulado, foram de extremo valor para ele. 

Foi assim que aprendeu a ser vigilante, a ser paciente, a ser moderado e humilde, a depender menos de si mesmo e a confira –se mais á direção do Senhor.

Mas os crentes não são expostos á provação por acaso ou fatalidade.  Os problemas que enfrentam têm relação com a vontade de Deus para eles. Observe o que Pedro diz: “se necessário, sejais..” (v.6 versão ARA). A necessidade decorre da própria natureza do plano divino para nós. Nesta carta, falando aos mesmos leitores, o apostolo afirma: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de nós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo” (I Pedro 4.12). Quando Jesus disse aos discípulos que era necessário que o Filho do Homem fosse a Jerusalém e padecesse muito, eles não compreenderam o valor da expressão “era necessário” , e começaram, com Pedro à frente mais do que os outros, a repreender a Jesus (Mt  16.21-22). Agora é o mesmo Pedro que, aprendida a lição, ensina aos crentes a necessidade e a importância das provações. 

Trecho: Lição "A dura experiência das provações"
(Revista: Cartas de Pedro e Judas – Editora Cristã Evangélica)

sábado, 5 de agosto de 2017

Mágoa



A mágoa é como uma gaiola onde coloco todas as pessoas que me magoaram. Antes de colocá-las ali, nomeei a mim mesmo como seu juiz e carcereiro. 

Com o tempo, percebi que esta gaiola é o meu próprio coração e que eu conservava todas aquelas pessoas muito perto de mim. Mais perto do que eu gostaria. 

Depois de algum tempo notei que havia uma chave no meu bolso e ao examiná-la, vi que a chave da gaiola estava comigo o tempo todo. Foi então, que resolvi abrir a porta da gaiola e deixar todas aquelas pessoas voarem como se fossem pássaros.

Experimente ver se ainda tem uma gaiola em suas mãos e, exonerar a si mesmo da posição de juiz e carcereiro, na qual se auto nomeou, então quebre as paredes desta gaiola e deixe todos os seus pássaros voarem.
➡Conheci alguém que colocou seu pai nesta gaiola e olhava pra ele, dizia: Viu o que você fez comigo? 
➡Professores, ofensores, perseguidores, maldizentes e traidores estão presos na gaiola de muita gente que gasta um bom tempo olhando para elas e dizendo: — viu o que você fez comigo? 
E tantos outros:  
.....viu o que você fez comigo?    
.....viu o que você fez comigo?
.....viu o que você fez comigo?

Depois olhe para si próprio, não culpe mais a ninguém por causa do seu sofrimento. 
Alguns destes resultados podem ter sido pelas nossas escolhas. Você não está segurando a gaiola, ela é que está segurando você. 

Soltando-os, você será o primeiro a se libertar. Decida que não mais ficará preso ao chão. Experimente bater suas asas, comece a voar e alcance alturas incríveis. 

Sugiro que você imagine cada uma destas pessoas desfilando na sua frente (só imagine), mesmo aquelas que já morreram, e lhes diga o seguinte: (fulano)! Eu te perdoo.  Diga mais para eles: — Quanto a você, está liberado. Pode voar a vontade e quanto mais alto você voar, eu também votarei. 

Texto Adaptado.
Autor Desconhecido

quarta-feira, 21 de junho de 2017

SOFRIMENTO

Por: Ed René Kivitz

O sofrimento pode ser o caminho através do qual chegamos às nossas verdades. A estrada pela qual chegamos à maturidade atravessa, necessariamente, a escuridão e a solidão. A escuridão, porque sofrer implica perder as referências, desdenhar das explicações, questionar os clichês e aventurar perguntas. 
A escuridão é o momento quando não caminhamos porque vemos, mas porque intuímos, recordamos e temos fé. Intuímos o rumo certo pelo tanto que já caminhamos, recordamos as experiências aprendidas em momentos semelhantes no passado e andamos por fé, que supera as trevas, prescinde de explicações e transcende as certezas. A solidão é imprescindível na trilha do sofrimento. A dor pode ser compartilhada, mas jamais transferida. Pode ser percebida, mas não capturada. Pode até ser escondida, mas nunca suprimida. Quem sofre, sofre sempre em solidão. Não necessariamente porque lhe falta boa e providencial companhia, mas porque todo sofrimento pessoal, em sua dimensão mais profunda e essencial, é intransferível.

O sofrimento tem sua realidade particular, e não pode ser diferente: cada um sofre por uma razão, é vitimado em áreas distintas, por motivos diversos e com respostas as mais variadas, num dégradé de resiliência que vai da meninice do chororô ao heroísmo quase estóico, incluído entre os tons das cores a grandeza da fé, resignada e esperançosa, e por isso engajada e mobilizadora.
O sofrimento desperta para o ético e o estético. Convoca virtudes adormecidas a que subam ao palco: coragem, perseverança, paciência, honradez, respeito à vida. Possibilita o lapidar do caráter, apara arestas, harmoniza as formas, faz irromper a beleza escondida na frieza do coração.

O sofrimento quebranta orgulhosos, vaidosos e prepotentes, faz desmoronar intransigentes, legalistas e moralistas. Como o martelo do escultor, retira os excessos da pedra e dá à luz o belo, o sublime, o deslumbrante. Quem sofre descobre seus limites, identifica verdadeiras amizades, vislumbra novos horizontes, abre a mente para novas verdades e o coração para novos amores. 

O sofrimento produz compaixão, evoca misericórdia, gera solidariedade. O sofrimento cria caminhos para arrependimentos e confissões, subverte juízos e sentenças, possibilita aproximações e reconciliações.

O sofrimento coloca homens, mulheres, velhos e crianças, de joelhos. Faz com que os olhos procurem os céus. Dilata a alma para o mistério, conclama o espírito para o inefável, inspira poesias e canções, faz surgir nos lábios o perfeito louvor. Quem sofre aprende a perdoar e pedir perdão. Ganha a oportunidade de colocar o rosto no chão, em clamor e oração. O sofredor jamais chora em vão. Deus habita também a sombra e a escuridão.

O sofrimento é o ônus do viver, o custo do amor, a paga pelo crescimento, o preço da maturidade. Viver é muito perigoso, já dizia Guimarães. Amar é muito precioso. Crescer é muito doloroso. Amadurecer é muito custoso. Crer é coisa de teimoso.

O sofrimento diminui o poder da morte, dissolve a crueldade da indiferença, envergonha a pequenez da alma, desmascara o mundo de mentirinha da ingênua infância, quebra a maldição da incredulidade. Aceitar a realidade e inevitabilidade do sofrimento é escolher a vida, decidir amar, optar pela plenitude, apostar na fé.

sábado, 17 de junho de 2017

A Família e o Desafio da Saúde Integral

“Partiu, pois, a Sunamita e foi ter com o homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a de longe o homem de Deus, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a sunamita; corre-lhe ao encontro e pergunta-lhe: Vais bem? Vai bem teu marido? Vai bem teu filho? Ela respondeu: Vai bem.” (2Rs 4.25,26)

Quando o profeta Eliseu passou pela cidade de Suném (2Rs 4.8), ele foi convidado por uma sunamita e seu esposo, ricos, e sem filhos, para comer com eles. A partir da compreensão de que Eliseu era “um santo homem de Deus” (4.9), eles resolveram fazer um pequeno quarto em cima do muro, com uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro. Eliseu passou não apenas a comer, mas também a pernoitar ali. Eliseu profetizou que a sunamita teria um filho, o que de fato aconteceu depois de um ano (4.17). Quando o menino cresceu e estava no campo com seu pai, teve uma aguda dor de cabeça. O pai mandou leva-lo à mãe (4.19), mas o menino não resistiu e acabou morrendo. A sunamita então, colocou a criança morta sobre a cama do homem de Deus (4.21), e procurou o seu marido para dizer-lhe que ela ia ao encontro de Eliseu (4.22). Estranhando a repentina viagem, o homem perguntou à esposa: “Por quê? Não é lua nova nem sábado!” (4.23) Ao que ela respondeu: “Tudo vai bem!”, e partiu. Quando chegou perto do Monte Carmelo, Eliseu mandou perguntar-lhe: “Vais bem? Vai bem teu marido? Vai bem teu filho?” E ela mais uma vez respondeu: “Vai bem”. A história prossegue e ela revela a sua amargura, resultando na recuperação da vida e da saúde da criança.

Marido e mulher eram ricos, tinham sensibilidade espiritual, tratavam com desvelo o profeta do Senhor e investiam na obra de Deus, mas tinham problemas em assumir a responsabilidade pelo bem-estar do filho, além de dificuldades de comunicação. Eles estavam bem em alguns aspectos, mas nem tudo ia bem. O que se destaca aqui é a sunamita afirmando categoricamente que tudo ia bem, quando na verdade a criança estava morta.

Como vai a saúde da família brasileira? Tem bem-estar material, mas não experimenta bem-estar conjugal? Apresenta atitudes religiosas compatíveis com o que se espera, mas no fundo vive distorções e desvios espirituais profundos? Tem aparência e nome de que vive, mas está morta (conforme Apocalipse 3.1)? Como vai a saúde da sua família?

Oremos: 
1) Pela saúde integral da família brasileira. 
2) Pelos pais, para que assumam as responsabilidades pelo bem-estar de seus filhos. 
3) Para que haja boa comunicação em nossa família. 
4) Para que sejam eliminadas todas as distorções espirituais de nosso lar.
5) Para que nossa família seja verdadeiramente viva e saudável.


Fonte: Guia Devocional 30 Dias de Oração pela Família / Junta de Missões Nacionais