sexta-feira, 22 de maio de 2020

Dia do Abraço: como demonstrar afeto mesmo em isolamento social

Imagem: Pexels/banco de imagens



No dia 22 de maio celebramos no Brasil o Dia Nacional do Abraço, uma data que marca a troca de afeto por um gesto simples, mas cheio de significado e sentimento. Em 2020, no entanto, a celebração terá que ser de uma forma diferente. Com a pandemia do coronavírus a população está orientada a evitar contato físico, mas então como demonstrar este afeto?

A psicóloga Fernanda Baggio Gasperin, especialista em terapia cognitiva comportamental e neuropsicologia, destaca a importância das relações para o desenvolvimento do ser humano, que podem acontecer mesmo com o isolamento social.

— Se usarmos a tecnologia ao nosso favor ela nos ajudará a estarmos próximos. Pode ser através de ligações de vídeo ou mensagens. Podemos simbolizar o amor não só com o toque e contato físico, mas também através das palavras.

A especialista comenta o quanto deixamos de usar no dia a dia a fala para demonstrar o sentimento pelo próximo.

— Hoje deixamos muito de falar o quanto as pessoas são importantes para nós e a tecnologia vem nos ajudar nesse sentido. Podemos nos aproximar das pessoas falando o quanto elas são importantes e o quanto sentimos falta. Essa troca, mesmo virtual, é muito saudável para o ser humano. São nessas trocas que vamos nos restabelecendo, vamos crescendo e trabalhando questões como empatia e solidariedade.

Neste ponto, a especialista aponta que acredita que vamos sair do isolamento com relações mais fortalecidas.

— Talvez a grande mensagem desse período que estamos em isolamento é que vamos sair com esse lado afetuoso mais trabalhado.

Escrever o que se sente
A psicóloga escolar Letícia de Souza Certti, sabe que pode ser difícil a falta do contato físico, mas reforça que a comunicação escrita pode ser um auxílio neste momento.

— Eu falo para os alunos, vamos escrever o que queremos dizer para o outro e não conseguimos falar ou demonstrar. Existe a linguagem para isso. Esse é o momento de aprimorar a linguagem, acho que vamos aprender a se expressar através de palavras e não só de ações.


Fonte:  www.nsctotal.com.br
Por:Janaína Laurindo

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Fazer mais do que gosta, uma atitude saudável




Dia a dia corrido, contas, obrigações. Desde muito cedo, aprendemos que produzir é ser melhor, que o tempo livre é algo que nos afasta dos nossos sonhos, que progresso é sinônimo de sofrimento e muito, muito trabalho. Será?

Uma coisa que aprendemos em nossos anos de clínica, aqui na Biointegral Saúde, é que as pessoas felizes são as mais saudáveis. E que as pessoas felizes são aquelas que fazem mais do que gostam, realmente. Quando falamos sobre esse assunto, é muito comum as pessoas terem uma reação muito radical, como se, para fazer o que gosta, fosse necessário largar tudo, sair do emprego, dizer adeus a toda e qualquer obrigação. Não é disso que estamos falando.

Claro que, muitas vezes, estamos tão desconectados daquilo que amamos, que tudo parece errado, e pode ser que esteja mesmo. Ainda assim, essa transição, pessoal e de carreira, precisa ser feita de uma forma tranquila, ponderando as possibilidades e construindo uma nova realidade, aos poucos.

Mas, se esse não for seu caso, incluir mais alegria ao seu dia a dia pode ser muito mais fácil do que você imagina. E, acredite, sentir-se bem consigo mesmo, sentir-se feliz, perceber que a sua vida é mais do que números e obrigações, faz uma diferença danada para a saúde integral, ou seja, emocional, mental e física.

Perder estímulo pela vida é uma das principais causas primárias da depressão, por exemplo. A tristeza se instala quando nos sentimos impotente diante de alguma situação ou dificuldade, e quando percebemos que estamos sozinhos, que não temos com quem contar. Geralmente, estamos esperando que as respostas venham de fora, que alguém chegue e nos tire da situação estressante. Nós temos que ser essa mão, cabe a nós entender os processos que estamos vivendo e acarinhar a nós mesmos.

Como fazer mais do que se gosta se a vida é feita de obrigações?

A primeira coisa que precisa ser modificada é essa crença de que, para ser bem-sucedido, para “vencer” na vida, é preciso sofrer, é preciso lutar, é preciso “matar um leão por dia”. Pensar assim já torna qualquer tipo de trabalho, emprego ou grupo social estressante, concorda? Quando notamos que a pessoa está muito condicionada por crenças, começamos a mudança por aí.

O PSYCH-K® funciona muito bem, como técnica que trabalha na mudança da frequência do pensamento, encontrando e modificando crenças limitantes que possam estar contribuindo para escolhas que não necessariamente estejam conectadas com a nossa verdade pessoal. Quando entendemos quais são essas crenças, muitas vezes conseguimos compreender o caminho que a pessoa, inconscientemente, escolheu para si.

A partir desse estudo do que é ou não condizente com o que realmente nos faz feliz, é possível começar a desenhar uma realidade diferente. Se eu gosto de esportes, incluir mais atividades físicas no dia a dia. Se gosto de passear, começar com passeios possíveis, próximos de casa, sem que seja preciso, por exemplo, gastar todo o cartão de crédito ou entrar no cheque especial.

Nem sempre mudanças precisam ser grandiosas. Se dar um presente de vez em quando, uma refeição especial, um passeio com alguém cuja presença seja agradável, uma roda de amigos e risadas gratuitas podem fazer maravilhas com a nossa saúde emocional. É preciso, claro, descobrir o que faz bem para cada um, e aí, começar a pincelar os dias com um pouco mais de alegria. Experimente e nos conte como foi a experiência!


Imagem: Freepik - senivpetro 

domingo, 3 de maio de 2020

7 Lições ensinadas no filme: O VENDEDOR DE SONHOS




O filme “O Vendedor de Sonhos”, dirigido por Jayme Monjardim, e inspirado no livro de mesmo nome do psiquiatra e escritor Augusto Cury, chegou aos cinemas nacionais com a promessa de transformar vidas. E falando por mim, se olhado com bons olhos, o filme pode sim cumprir o prometido.
Muitos ensinamentos são ditados repetidas vezes no filme, mas sete deles ficaram bastante evidentes:

1 – Quando alguém tira a própria vida, mata a si e também um pouco daqueles que ficam.
Geralmente suicidas, envoltos em dor e sofrimento emocional, não se dão conta de como farão falta e modificarão a vida daqueles que ficarão. O suicídio não mata apenas aquele que vai, mas também leva consigo um pouco daqueles que ficam.

2 – Um suicida quer matar, antes de tudo, a sua própria dor.
A mensagem é bastante direta. Um suicida quase sempre não quer dar fim a sua vida, mas dar fim ao seu sofrimento. Muitas vezes, uma conversa franca pode fazer alguém refletir mais profundamente sobre a própria condição, incitando o uso de vírgulas e não de pontos finais na vida.

3 – A nossa casa é o mundo.
Quando o personagem Júlio César segue o “Mestre” ele pensa que encontrará uma casa para se abrigar durante a noite. Uma casa com conforto e privacidade. No entanto, o que encontra é um quarto feito com restos de um contêiner às margens do rio Pinheiros. “Mestre” lhe diz que a sua casa é o mundo. Na verdade, a nossa casa é o mundo, mas acabamos esquecendo disso quando nos empenhamos em construir metas individuais que nos fazem esquecer que todos estamos no mesmo barco.

4 – Uma pessoa só morre quando deixa de se sentir importante.
Quando ouvi essa frase me lembrei de um texto do filósofo Mário Sérgio Cortella, no qual ele nos elucida sobre a diferença entre ser famoso e ser importante. A fama passa, é efêmera. Já nossa importância não. Quando somos importantes para uma pessoa somos importados para dentro do coração dela e lá moramos até seu último suspiro.

5 – O maior beneficiado pelo perdão é aquele que perdoa, não o perdoado.
Quase sempre o perdão envolve questões emocionais profundas. A necessidade do perdão pode dizer respeito à necessidade de nos perdoarmos, mas comumente fala da necessidade de perdoar outras pessoas. Perdoar significa que você, refletindo sobre determinada situação, conseguiu sair dela, visualizá-la de forma mais ampla, compreendê-la e superá-la. Libertando-se e libertando o perdoado para seguir em frente.

6 – Sucesso é conquistar aquilo que o dinheiro não pode comprar.
Essa também é uma citação bastante direta. O sucesso quase sempre é mencionado hoje em dia ao falarmos de êxito profissional e dinheiro. Mas sem embasamento emocional, algo que nasce de relações sinceras, tecidas com tempo e amor, a vida perde o sentido. Para mim, uma pessoa tem sucesso quando se mantém fiel aos seus bons valores ao tocar a vida do outro.

7 – Todos podemos ser “vendedores de sonhos” e “vender” vírgulas para aqueles que pensam em usar um ponto final.
O filme deixa bem claro que todos podemos ser “vendedores de sonhos” já que Júlio na própria trama faz por outro o que o “Mestre” fez por ele um dia. Todos podemos mudar a vida de alguém para melhor, muitas vezes com um simples gesto. Um olhar, uma palavra, um abraço pode salvar um dia, ou mais que isso, uma vida. Você já pensou nisso?

Que nós possamos fazer o nosso melhor com o que já temos, com tudo que já somos, dando aos que nos acompanham incentivo, amor e verdade. Que nós possamos “vender” sonhos por onde quer que andemos. Que possamos “vender” sorrisos, “vender” bons exemplos, “vender” boas possibilidades e novas formas de enxergar o amanhã. Que todos possamos ser empáticos e reflexivos diante da vida e “vender” aquilo que dinheiro algum pode comprar.


Por: Vanelli Doratioto
Fonte da imagem de capa: Divulgação/Warner Bros. Pictures
Filme disponível na Netflix