sexta-feira, 26 de abril de 2019

Depressão, não deixe o tempo passar

A depressão é doença muito comum nos dias de hoje e ainda tem gente que acha que é totalmente imune ou então que pode ser frescura, né? Mas a questão é que estamos cada vez mais sozinhos e isso abre um espaço fértil para que a depressão comece a surgir. Como cuidar para que isso não aconteça? 


Considerada um dos males do século e uma das doenças mais frequentes da modernidade, a depressão pode ser uma decorrência dos tempos corridos e online que vivemos, com relações líquidas e a sensação de que estamos sempre sozinhos. Segundo o fisioterapeuta Sergio Bastos Jr., a saída é detectar cedo e não deixar o tempo passar. Entenda por quê.



“O grande segredo do combate à depressão é estar aberto para detectá-la e não deixar o tempo passar”. As palavras são do fisioterapeuta Sergio Bastos Jr, que realiza um trabalho amplo de saúde integrativa, aliando várias técnicas em busca de uma maior qualidade de vida para seus pacientes. “Quando mais cedo conseguimos identificar o que nos machuca e combater a solidão emocional, mais rapidamente podemos reverter o quadro”, enfatiza ele.

Mas, em tempos tão conectados, por que tanta depressão? Talvez a resposta esteja exatamente nisso. “Vivemos online, e esquecemos, cada vez mais, das relações reais. Estar sozinho não é nada bom para quem desenvolve um quadro de depressão”, explica Sergio, que continua: “o mundo conectado da atualidade nos dá a falsa impressão de que estamos sempre acompanhados. Sabemos tudo que acontece com nossos “amigos” de facebook, temos centenas de “seguidores” no Instagram. Não estamos sós, certo? Errado. Na hora em que precisamos de real companhia, muitas vezes não temos com quem contar”.

As relações estão cada vez mais líquidas. Você sabe o que isso significa? O termo cunhado pelo sociólogo polonês radicado na Inglaterra Zygmunt Bauman diz respeito à mudança constante nos nossos desejos e no modo de pensar devido à disponibilidade de informação trazida pelas redes sociais. Desejamos algo, nos satisfazemos e partimos para outro desejo. E essa inconstância acaba interferindo diretamente nas nossas relações. “Somos eternos insatisfeitos, se não aprendemos a olhar para dentro”, lembra Sergio.

O fisioterapeuta lembra que estamos cada vez menos dispostos a nos empenhar para resolver problemas: “está difícil? Descarta e parte pra outra”. Parece simples e fácil de lidar, mas essa superficialidade está nos deixando cada vez mais sozinhos, tendo que lidar com fantasmas que se acumulam em nossa emoção. E uma das consequências são os crescentes quadros de depressão.

A depressão nem sempre vem da solidão

Mas só quem fica sozinho fica deprimido? Sergio explica que não: “há pessoas que jamais imaginamos que desenvolvam algum quadro depressivo, porque vivem entre amigos, estão sempre em festas, sempre sorrindo. Mas, geralmente, há uma dificuldade imensa de lidar com as próprias emoções, com as dúvidas e incertezas que a vida traz e há, também, uma necessidade muito grande de agradar, de seguir um modelo. Quando entendemos que isso não é possível, criamos defesas que fecham nossos sentimentos”.

Não estou feliz no trabalho, mas faço o que minha família sempre sonhou, não estou feliz no relacionamento, mas ao menos eu tenho um, não moro onde gosto, não me visto como queria, não sou quem eu realmente sinto ser, mas faço tudo que posso para ser aceito. Qual a consequência desse emaranhado de ações não desejadas pela nossa emoção? Segundo o fisioterapeuta, sentir-se cada vez mais só.

“Se não posso falar o que realmente sinto, aprendo a sufocar meus sentimentos, minhas visões de mundo e essa é, certamente, a pior solidão. É aquelas que nos faz sentir desamparados mesmo quando estamos sempre com gente em volta. Entra aí a necessidade de autoconhecimento e do desenvolvimento do amor próprio, da fortaleza do próprio caráter e da certeza das escolhas de vida”, lembra Sergio.

Por isso, terapias são uma ajuda e tanto. Porque dão o suporte que, muitas vezes, a pessoa com depressão não encontra na família. É preciso gerar mudança de hábitos, mas, para isso, é preciso incentivo. Até que a pessoa aprenda a ser seu próprio incentivador, ela vai precisar de alguém que a ajude a perceber o melhor em si. E, quanto mais rápido isso acontecer, melhor.



Fonte: Biointegral Saúde
www.biointegralsaude.com.br

quinta-feira, 11 de abril de 2019

A importância de aprender a respeitar a própria verdade



Segundo a fisioterapeuta, que realiza um trabalho de Saúde Integrativa, quebra de traumas e crenças limitantes, a pior atitude que podemos tomar diante da vida é esquecer de viver a própria verdade. Essa atitude sufoca nossos desejos, nossa personalidade e adoece as nossas emoções.

Querer agradar o mundo pode nos levar a desrespeitar a nossa verdade. Aquilo em que realmente acreditamos, que fala mais alto aos nossos corações. Segundo a fisioterapeuta Frésia Sá, pode parecer bobagem pensar nesses termos quando temos um bom emprego, uma vida estável, família, mas ela lembra: “quantas vezes nos pegamos sentindo a falta de algo que não sabemos explicar”?. 

A explicação pode estar na quantidade de vezes por dia em que fazemos algo que realmente desejamos, ao invés de apenas cumprir convenções sociais.

Desejar morar no campo e viver na cidade grande, querer conhecer o mundo, mas sentir-se preso a um emprego estável e contas a pagar, ter um talento incrível, mas sufocá-lo porque isso não dá dinheiro são exemplos de situações mais corriqueiras do que imaginamos e que cada vez mais ganham destaque em nossas vidas, cada vez incomodam mais. 

Frésia explica: “às vezes, o incômodo não vem como uma tomada de consciência de que estamos em falta com nossos próprios desejos, mas como uma dor inexplicável e uma doença que aparece do nada. Será?”, questiona. “Eu falo sempre de crenças limitantes, porque acredito que existe um código de conduta que é regido silenciosamente por verdades que criamos ou nos foram impostas e que nem sabemos que existem. 

Nem sempre é fácil detectar os motivos pelos quais deixamos nossos sonhos, nossa própria verdade, de lado. Por isso, procurar ajuda é fundamental”, lembra a especialista.

Mas é preciso “virar a chave”, segundo ela, para que possamos entender se o que desejamos é verdadeiro e se nossos medos são reais ou se não foram herdados de um código familiar ou social. “Quando tomamos consciência, seja pelo autoconhecimento ou pela busca de uma cura para dores e doenças, geralmente passamos a ver o mundo de outra forma, nos sentimos mais livres para tomar decisões diferentes”.

Por isso, Frésia enfatiza: “pense e avalie: você vive a sua verdade? Onde mora, no que trabalha, a vida que constrói é realmente aquilo que você deseja e enxerga como sendo seu? Sua vida tem a sua assinatura, você está satisfeito? Se sim, ótimo. Mas, se a resposta for não, talvez esteja na hora de rever suas decisões e começar a trilhar um caminho mais condizente com o seu eu interior”.



Fonte: Biointegral Saúde
https://blogbiointegralsaude.wordpress.com