terça-feira, 22 de dezembro de 2015

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

MAIS QUE MEMÓRIAS PRA MIM

Não pense você que é somente o personagem favorito do seu seriado ou filme que pode viajar no tempo. Sim nós também podemos, e estas viagens ...melhores....ou piores, estão na nossa mente ...nos sonhos. Dia desses voltei no tempo, basicamente uns 26 anos. Em sonho. Eu com meus 10 anos, no caminhão do papai um mercedes 1113 amarelo carroceria de madeira. Estava brincando de dirigir, na cabine também estava meus irmãos Daniel (uns 7 anos) e a Deise (6 anos).   Engraçado como tudo é tão real....tem toque...tem sabor...tem cheiro...aquela  sensação de estar la mesmo. Ahhhh...como nós três adorávamos brincar no caminhão, fazer a maior folia em cima da carroceria.  Mamãe sempre  apreensiva porque se caísse la de cima poderia ser fatal. Acredito que esta viagem no tempo acontece por várias razões, uma delas, se chama SAUDADE. Então acordei e em segundos as lágrimas começaram a rolar, aquela vontade que apertava o coração....De estar perto, de brincar de novo.... de brigar também.  Dormíamos todos juntinhos, e acredito que é esta separação que nos faz sentir vazios as vezes. Essa vida corrida nos impede de fazer tantas coisas, então é onde o coração pede, a memória atende e a gente “viaja” pra matar a saudade. Meus irmãos, meus pais...minha família.... 
SÃO MAIS QUE MEMÓRIAS PRA MIM...SÃO A MINHA HISTÓRIA.



Denise

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

CASAMENTO A VISTA




E eu que não estou com apenas uma, mas DUAS amigas noivas!
Aline e Karol.
E pensar nisso me faz lembrar do tempo que EU mesma era uma noiva. Ah! #jácheiadesaudade!


Ser noiva é uma coisa de doido, mas é uma fase muito delícia. Tem a (difícil!) escolha do vestido, o sonho de encontrar aquele lugar perfeito, as músicas, a cerimônia, a festa... !
O momento de reencontrar todos aqueles grandes amigos e reunir toda a família. E o principal: viver aquele momento especial ao lado da pessoa que você escolheu pra dividir uma vida inteira!


Casamentos SEMPRE me emocionaram.


O legal é tudo acontecer do nosso jeito. Preparar tudo com muito amor.
Mas no dia tudo  parece que as coisas vão acontecendo por acontecer, vocês vão me dizer.
Depois de tudo.... As vezes vem algum amigo e comenta sobre aquele grande dia. Lembra de algum momento, algum acontecimento louco, alguém que fez algo engraçado. Realmente, foi inesquecível (não falo isso porque era noiva não, mas foi muito especial)!


E a melhor festa da nosso vida!


Hoje quando paro pra pensar, tudo aconteceu num espaço de tempo longo:
nos conhecemos, noivamos e casamos depois de 5 anos e 6 meses .
E foi de livre espontânea pressão  do Breno que marquei a data ..(kkkkkk)


Mas no fim, tudo valeu a pena.


                                                                                                                                                
(Texto de Beatriz França (BiaPof) e adaptado por mim)

sábado, 26 de setembro de 2015

ORAÇÃO



Senhor, me livra do maldito legado
de formar uma geração que não o conheça.

Os nossos filhos podem esquecer de tudo,
menos do Senhor.
Que eles esqueçam da proposta
de uma espiritualidade descomprometida
e descoladinha.
Que eles se esqueçam dos nossos
surtos de fundamentalismo e moralismo.
Que eles se esqueçam da nossa espiritualidade 
cooptada pelo espírito de época.


Que eles não se esqueçam 
da oração.
Que eles não se esqueçam 
do Livro, da sua Carta de Amor para nós.
Que eles não se esqueçam 
do ajuntamento e do culto comunitário.
Que eles não se esqueçam 
de cantar a nossa fé com todas as pessoas.
Que eles não se esqueçam 
de serem diáconos do mundo.
Quem eles não se esqueçam
que estamos em Missão com o Senhor
enquanto o Senhor trás o Universo
e todas as coisas de volta às suas Mãos.
Que eles não se esqueçam de honrar
os seus pais e os velhos da comunidade.
Que eles não se esqueçam 
de anunciar o Senhor e os seus feitos
às futuras gerações.

O resto eles podem esquecer, 
pois não fará nenhuma falta.

Que eu morra seguro de que fui
uma resposta radical a essa oração.

Amém!

Por.: Pr Levi Araujo 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

ELE NÃO VEM PARA O PERFEITO


Jesus escolhe bem quem são aqueles que o seguem. Na verdade, Ele sabe quem são os que aceitam o seu convite.
Algumas pessoas selecionam os melhores.
Outros caminham apenas com os extraordinários. 
Jesus escolhe os pecadores!

Jesus escolhe aquele que aceita o seu convite. E, Ele sabe que os pecadores, os piores pecadores, os rejeitados, os excluídos, são os que desejam a sua companhia.
Porque enquanto a religião nos mostra que o pecador precisa mudar para ser aceito. Jesus mostra que o pecador é aceito antes mesmo do arrependimento. Jesus ensina que…
O pecador não muda para ser aceito. 
O pecador é aceito... [para depois mudar].

Assim, Jesus não vem para o perfeito! Nenhum homem perfeito é convidado para seguir o Mestre. 
Portanto, siga o Mestre por ser um pecador que aceita o convite do ‘segue-me, venha comigo’. Siga o Mestre com a consciência de ser mais pecador do que imagina, porém, lembre-se que você é mais aceito e amado do que acredita.
Siga o Mestre.

Por.: André Saldiba
www.andresaldiba.com

Citações


quarta-feira, 27 de maio de 2015

SÓ HOJE


Nunca foi tão difícil viver o hoje…

Algumas pessoas não conseguem tratar apenas as questões do agora. Para eles é impossível viver apenas o momento atual que está a frente. Em alguns momentos, eles acreditam que são avançados, pois sempre estão adiantados. Mas, muitas vezes, optam pelo futuro para não ter que lidar com o presente.

Entretanto existem também aqueles que preferem viver apenas no passado. Eles recordam de momentos alegres ou tristes, mas que ficaram para trás e não voltam mais. Prendem-se a cartas, fotos antigas, objetos e até mesmo costumes. 

Enquanto alguns vivem no futuro outros preferem viver no passado.

Porém, Jesus nos ensina a deixar o passado e o futuro de lado e viver só hoje! Ele nos incentiva a viver o agora, o momento atual, o tempo presente. Até porque as Escrituras afirmam que…

Hoje ele nos dá o pão.
Hoje ele renova suas misericórdias.

Jesus sabe que é difícil encontrar Deus no futuro ou no passado, pois Ele está bem aqui ao nosso lado, no nosso hoje!

Sim, é verdade que Ele sempre esteve conosco e continuará. Porém, da mesma forma, é verdade que o ontem e o amanhã estão apenas nas mão de Deus e não nas nossas. O que temos é só hoje!

Portanto, pratique a arte de viver o hoje e perceba o pão, as misericórdias e a sua Presença. Viva o hoje, pois…

Ontem passou. 
Amanhã chegará. 
Hoje é.
Viva só hoje!

© André Saldiba

www.andresaldiba.com

terça-feira, 28 de abril de 2015

Somos

Parece que sempre buscamos maneiras de ser mais do que somos. Inclusive, muitas vezes, até procuramos ser outra pessoa... de preferência melhor do que já somos.
Tentamos de tudo para ser mais! E, no caminho encontramos muitas opções. Deparamos com poder, dinheiro, sexo, conquista, religião, entre outras.
Em alguns momentos, durante esse caminho, até sentimos sinais de satisfação, mas, no fundo, continuamos com o vazio em nossa busca. Porque não encontramos o que realmente queremos… ser aceitos e amados.
Buscamos ser cada vez mais, pois acreditamos que dessa forma seremos aceitos. Porém, precisamos lembrar que já fomos aceitos, sem ser nada, absolutamente nada!
Devemos parar, interromper e acabar com as buscas. Cessar para entender que na verdade o que queremos é ser aceito e não ser mais do que já somos. 
É necessário parar com a busca.
É necessário acabar com a procura.
É necessário limpar a alma,
… para remover os nossos desejos.

Pois as pessoas nos aceitam pelo que podemos ser. Porém, em Jesus não precisamos nos tornar em algo a mais, porque já somos!
© André Saldiba
www.andresaldiba.com

quarta-feira, 8 de abril de 2015

A HISTÓRIA DAS COISAS


O que é História das Coisas ?


Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.

História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.

História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.

História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.

O vídeo The Story of Stuff (A História das Coisas), de Annie Leonard, apresenta uma desconstrução de paradigmas ao mostrar toda a linha de produção de bens e serviços até o momento do seu consumo final e descarte de resíduos. O curta metragem, que tem aproximadamente 20 minutos, propõe uma reflexão sobre os impactos e as conseqüências de práticas de consumo já arraigadas em nossa cultura e procura conscientizar a humanidade sobre a urgência de uma mudança nos hábitos de consumo visando a preservação do planeta e das relações sociais.  


A HISTÓRIA DAS COISAS
Vocês têm um destes? (desconectando-se de um ipod)

Sou louca pelo meu, na verdade adoro todas as minhas coisas.

Já se perguntou de onde vem todas as coisas que compramos
deixar de pensar nisso, por isso quis saber
e para onde vão quando nos desfazemos delas?
Não consegui
a mais sobre o assunto.
E os livros diziam que as coisas se deslocam ao longo de um sistema:

Isso tudo se chama 'A Economia de Materiais'.

Da Extração para a Produção, para a Distribuição,
para o Consumo, e para o Tratamento de Lixo
, estudei um pouco mais.
Eu passei dez anos viajando pelo mundo atrás de pistas
de onde vêm as nossas coisas e para onde vão.

E sabe o que descobri?
Esta não é toda a história.
Falta muita coisa nesta explicação.
Em primeiro lugar, neste sistema parece que esta tudo bem sem problemas
Mas, na verdade é um sistema em crise.
porque tratar-se de um sistema linear e nós vivermos num planeta finito,
o mundo real.
A vida real não acontece numa página em branco,
interage

Em todas as suas etapas, este sistema interage
com sociedades, culturas, economias, o ambiente,
e durante as etapas a vida vai se chocando contra os seus limites.
Limites que aqui não vemos porque o diagrama está incompleto.
etapas deste sistema.
Onde algumas pessoas são um pouco mais importa

Então, voltemos atrás pra preencher alguns espaços e ver o que falta.
Um das coisas mais importantes em falta são as pessoas.
Sim, pessoas!
As pessoas vivem e trabalham em todas
antes que outras,
algumas têm maior poder de decisão.
Quem são elas?
Comecemos pelo governo.
Meus amigos dizem que devia usar um tanque para simbolizar o governo
e isso é uma realidade em muitos países, e cada vez mais também no nosso,
afinal, mais de 50% dos nossos impostos vão para os militares.
Mas vou usar uma pessoa para simbolizar o governo,
porque acredito nos valores e na visão
de que o governo deve ser das pessoas, pelas pessoas, para as pessoas.
A função do é olhar por nós.
depois vêm as corporações.
O que leva as corporações parecerem maiores que o governo
é porque elas são maiores que o governo.
Atualmente, entre as 100 maiores economias na Terra, 51 são corporações.
À medida que as corporações foram crescendo em tamanho e poder
assistimos a uma pequena mudança no governo,
como se estivessem mais preocupados com o bem estar deles do que com o nosso.
Muito bem.
Então vejamos o que mais falta nesta imagem.
Começaremos pela Extração,
que é uma palavra pomposa para 'exploração de recursos
pomposa para 'destruir o planeta'.
A verdade é que cortamos as árvores,
arrebentamos as montanhas para extrair os metais,
consumimos toda a água e exterminamos os animais.
Aqui enfrentamos o nosso primeiro limite.
Estamos ficando sem recursos naturais.
Estamos utilizando demasiados materiais.

Sei que isto pode ser difícil de ouvir, mas é a verdade,
por isso temos de lidar com isso.
Durante apenas as três últimas décadas,
foram consumidos 33% dos recursos naturais do planeta.
Desapareceram!
Cortamos, minamos, perfuramos e destruímos o planeta tão depressa
que estamos debilitando a capacidade do planeta para
sustentar nosso moda de vida
Aonde eu vivo, nos Estados Unidos,
resta-nos menos de 4% da nossa floresta original.
40% dos cursos de água estão impróprios para consumo.
E o nosso problema não é apenas estarmos utilizando demasiados recursos,
mas o fato de estarmos utilizando mais do que a nossa parte.
Temos 5% da população mundial, mas usamos 30% dos recursos mundiais

Se todos consumissem ao ritmo dos Estados Unidos,
precisaríamos de três a cinco planetas.
E sabe uma coisa? Só temos um!
Então, a resposta do meu país a esta limitação é simplesmente ir tomar dos outros,
Este é o terceiro mundo!
Que alguém dirá tratar-se apenas de uma expressão para designar
o local para onde foram as nossas matérias primas
75% das zonas de pesca do planeta
estão sendo exploradas ao máximo ou além da sua capacidade.
Desapareceram 80% das florestas originais do planeta.
Só na Amazônia, perdemos 2.000 árvores por minuto.
O equivalente a um campo de futebol por minuto!
Então, e as pessoas que aqui vivem?
(apontando para o mapa do terceiro mundo)
Bem, de acordo com estes sujeitos,
para produzir produtos contaminados

E
(apontando para as grandes corporações)
eles não são donos destes recursos ,mesmo que vivam lá há gerações.
Não são donos dos meios de produção e não compram muitas coisas.
Neste sistema, quem não possuí nem compra muitas coisas não têm valor.
A seguir, as matérias primas seguem para a Produção,
aonde utilizamos energia para misturar químicos tóxicos com recursos naturais
para produzir produtos contaminados com tóxicos.
Há atualmente no comércio, mais de 100.000 químicos sintéticos,
apenas um punhado foi testado para avaliar o seu impacto na saúde,
e nenhum foi testado em relação aos impactos sinérgicos na saúde, ou seja,
à interação com todos os outros químicos aos quais estamos expostos diariamente.
Por isso, desconhecemos o impacto total deles na saúde e no ambiente.

Mas sabemos uma coisa: os tóxicos entram e saem.
Enquanto continuarmos a introduzi-los nos nossos sistemas de produção industrial,
continuaremos a inserir estes tóxicos nos produtos
que levamos para nossas casas, trabalho e escolas, e claro para nossos corpos.
Como os BFRs, ou retardantes de incêndio à base de brometo.
que tornam as coisas mais resistentes ao fogo, mas
são super tóxicos. São neurotóxicos  ou seja tóxicos para o cérebro.
O que é que estamos fazendo usando estes químicos?
Apesar disso, os usamos em nossos computadores, eletrodomésticos, sofás,
colchões e até alguns travesseiros.
Sim, pegamos nossos travesseiros, os revestimos com neurotoxinas,
os levamos para casa e dormimos por 8 horas com eles!?!
Não sei... mas acho que num país com tanto potencial,
poderíamos ter uma maneira melhor de evitar que as cabeças peguem fogo a noite.
Sabia que essas toxinas se vão acumulando ao longo da cadeia alimentar
e se concentram nos nossos corpos?
Sabe qual é o alimento do topo da cadeia alimentar com nível mais elevado
de químicos tóxicos? O leite materno.
Isto significa que os menores membros das nossas sociedade
os nossos bebês, recebem as maiores doses de químicos tóxicos das suas vidas
a partir do leite das suas mães.
Não acha que é uma incrível violação?
A amamentação deveria ser o mais importante ato humano de nutrição.
Devia ser algo sagrado e seguro.
A amamentação continua a ser o melhor e as mães devem amamentar,
mas nós devíamos proteger esse ato!
Eles (indicando as corporações/governos) deviam protegê-lo.
Eu pensava que estavam zelando pelos nossos interesses!

As pessoas que mais sofrem com estes produtos químicos são
os trabalhadores das fábricas, muitos são mulheres em idade reprodutiva que
trabalham com toxinas que afetam a gestação, carcinogênicos e muito mais.
Agora eu pergunto:
que tipo de mulher, em idade reprodutiva, trabalharia num emprego deste,
exposta a estas toxinas, a não ser uma mulher sem outra alternativa?
Essa é uma das maravilhas
deste sistema,
A erosão dos ecossistemas e economias
a locais, aqui,
(indicando o terceiro mundo)
garante um fluxo constante de pessoas sem alternativas.
No mundo, há 200.000 pessoas por dia se deslocando de ambientes
que as sustentaram ao longo de gerações, para cidades, aonde muitas vivem
em bairros de lata, à procura de emprego, por mais tóxico que seja.
Não só os recursos são desperdiçados ao longo deste sistema, mas também pessoas.
Comunidades inteiras que são desfeitas.

Sim, as toxinas entram e saem.
Muitas delas saem das fábricas em produtos,e muitas mais que saem
como subprodutos ou poluição, e estamos falando de muita poluição.
Nos Estados Unidos, as indústrias admitem liberar
mais de 1.800.000 kg de químicos tóxicos por ano.
Deve ser muito mais, porque isto é o que eles admitem.
Trata-se de outro limite, porque quem quer ver e respirar
1.800.000 kg de químicos tóxicos por ano?
Então o que
e eles fazem?
Mudam as fábrica
poluidoras para o estrangeiro,
para poluir outros países.
Mas, surpresa!
Grande parte dessa poluição volta para nós trazida pelo vento.
E o que acontece depois de todos estes recursos naturais
serem transformados em produtos?
Passam por aqui, para a distribuição, o que significa
vender todo o lixo contaminado com toxinas o mais rapidamente possível.
Aqui, o objetivo é manter os preços baixos,
com as pessoas comprando os produtos em constante movimento.

Como eles mantêm os preços baixos?
Pagam salários baixos aos trabalhadores das lojas
e restringem o acesso aos seguros de saúde sempre que podem.
Tudo se resume em exteriorizar os custos.
O verdadeiro custo de produção não se reflete no preço.
Em outras palavras, não pagamos aquilo que compramos.
Outro dia estive pensando nisto.
Ia a caminho do trabalho e queria ouvir as notícias,
por isso entrei numa loja para comprar um rádio.
Encontrei um pequeno rádio
verde e engraçado que custava $4.99 dólares.
Na fila do caixa pensei:
Como $4.99 podem refletir o custo da produção e transporte deste rádio
até ele chegar nas minhas mãos?
O metal deve ter sido extraído na África do Sul,
o petróleo, provavelmente do Iraque,
o plástico, produzido na China,
e, talvez, montado por uma criança de 15 anos numa fábrica do México.
$4.99 não paga nem o aluguel do espaço ocupado na prateleira
nem parte do salário do empregado que me atendeu
ou as viagens de navio e caminhão que o rádio fez.

Foi assim que eu me apercebi que eu não paguei o valor do rádio.
Então, quem pagou?
Estas pessoas (indicando o terceiro mundo) pagaram com a
perda do espaço dos seus recursos naturais.
Estas,(indicando a fábrica) pagaram com a perda do ar puro,
com o aumento de doenças como asma e câncer.
As crianças do Congo pagaram com o seu futuro, pois 30% delas
abandonam a escola para trabalhar nas minas de coltan,
um metal que usamos em aparelhos eletrônicos baratos e descartáveis.
Estas pessoas  pagaram por não ter direito ao seguro de saúde.
Ao longo desse sitema pessoas contribuíram para que eu comprasse o rádio por $4.99.
Mas essas contribuições não são registradas por nenhum contabilista.
É isto que eu quero dizer com 'exteriorizar o verdadeiro custo de produção'.
E isso leva-nos até à seta dourada do Consumo.
o coração do sistema, o motor que o impulsiona.
É tão importante que proteger esta seta,
Que se tornou prioridade daqueles dois sujeitos. (o governo e as corporações)
É por isso que após o 11 de Setembro, quando o nosso país estava em choque
e o presidente Bush poderia ter sugerido fazer luto, rezar, ter esperança...
Mas não... ele disse para fazermos compras! Compras!
Nos tornamos numa nação de consumidores.
Nossa principal identidade passou a ser de consumidores.
Não mães, professores, agricultores, mas consumidores!
Nosso valor é medido e demonstrado pelo quanto contribuímos para esta seta.
Quanto consumimos... não é isso que fazemos?
Compramos, compramos, compramos...
Manter os produtos circulando... e como circulam...

Sabe qual é a porcentagem do total dos produtos que circulam através deste
sistema que ainda são usados 6 meses depois da venda na América do Norte?
50%? 20%? Não... Um por cento! Um!
Em outras palavras,
99% das coisas que nós cultivamos, processamos, transformamos,
99% das coisas que percorrem o sistema são lixo em menos de 6 meses.
Como é que podemos gerir um planeta com este nível de rendimento?
Mas não foi sempre assim.
Hoje, o consumidor médio americano consome o dobro de há 50 anos.
Perguntem à vossa avó.
No tempo dela a boa gestão, a engenhosidade e a poupança eram valorizados.
Então, como é que isto aconteceu?
Bem, não aconteceu simplesmente.Foi planejado.

Pouco depois da Segunda Guerra Mundial,
estes sujeitos (as corporações) estudavam a forma de impulsionar a economia.
O analista de vendas, Victor Leboux,
articulou a solução que se tornaria a norma de todo o sistema.
Ele disse:
"A nossa enorme economia produtiva"
"exige que façamos do consumo a nossa forma de vida,"
"que tornemos a compra e uso de bens em rituais,"
"que procuremos a nossa satisfação espiritual"
"a satisfação do nosso ego, no consumo..."
"Precisamos que as coisas sejam consumidas,"
"destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior."
O conselheiro econômico do presidente Eisenhow
disse:
"O principal objetivo da economia americana"
"é produzir mais bens de consumo."
Mais bens de consumo? O nosso principal objetivo?
Não é providenciar cuidados médicos,ou educação, ou transportes seguros,
ou sustentabilidade ou justiça?
Bens de consumo?!
Como é que eles nos fizeram adotar este sistema de forma tão entusiástica?
Bem, duas das suas estratégias mais bem sucedidas são:
a obsolescência planejada e obsolescência perceptiva.
Obsolescência planejada é uma outra forma de dizer
"criado para ir para o lixo".
Eles fazem as coisas de modo que sejam inúteis tão rápido quanto possível
para as jogarmos fora e voltarmos a comprar.
Isso é óbvio em sacolas ou copos de plástico, mas agora verifica-se isso
em coisas maiores como esfregões, DVDs, máquinas fotográficas,
churrasqueiras, quase tudo! Até computadores!
Já reparou que quando compra um computador,
a tecnologia muda tão rapidamente que em pouco anos se torna
quase um impedimento para a comunicação?
Fiquei curiosa e abri um destes computadores para ver o que tinha dentro.
E descobri que a peça que se muda a cada ano é apenas uma pecinha no canto.
Mas não se pode mudar apenas essa peça,
porque cada nova versão tem um formato diferente,
tem de jogar tudo fora e comprar tudo novo.

Estive lendo sobre o design industrial da década de 1950,
quando a obsolescência planejada começou a aparecer.
Esses designers eram muito claros sobre o assunto.
Chegavam a debater quão rápido conseguiam que um aparelho avariasse,
mas de modo a que o consumidor mantivesse fé suficiente para ir comprar outro.
Foi tão intencional!
Mas as coisas não avariam suficientemente rápido para manter esta seta funcionando.
Por isso, existe também a obsolescência perceptiva.
A obsolescência perceptiva nos convence a jogar fora coisas
que ainda são perfeitamente úteis.
Como fazem isso?
Mudam a aparência das coisas.

Por isso, se comprou suas coisas há alguns anos,
todos percebem que vocês não têm contribuído para esta seta.
E como nosso valor depende da nossa contribuição para esta seta,
isso pode ser embaraçoso.
Por exemplo, se eu tiver o mesmo monitor de computador gordo e branco
na minha mesa por 5 anos,
e a minha colega tiver comprado um computador novo,
ela vai ter um monitor plano, brilhante que combina com o computador,
com o celular e até com as canetas.
Ela parece estar operando uma nave espacial,
e eu... pareço que tenho uma máquina de lavar na mesa.
A moda é outro bom exemplo...
Já se perguntou porque os saltos dos sapatos das mulheres
passam de largos para fino
num ano, e no próximo de finos para largos?
Não é por haver um debate sobre qual deles é mais saudável
É porque usar saltos largos num ano de saltos finos
mostra que não contribuiu recentemente para a seta,
por isso não vale tanto quanto a pessoa com saltos finos ao seu lado,
ou em um anúncio.
É para comprarmos sapatos novos.
A publicidade e a mídia em geral têm um papel importante nisto.
Cada um de nós nos Estados Unidos,
é bombardeado com mais de 3.000 anúncios por dia.
Vemos mais publicidade num ano do que as pessoas de há 50 anos viam em toda a vida.
Qual é o objetivo de um anúncio se não nos fazer infelizes com o que temos?

Por isso, nos dizem 3.000 vezes por dia que o nosso cabelo está errado,
nossa pele, nossas roupas, nossos móveis, nossos carros, nós estamos errados...
mas tudo se resolve se formos às compras.
A mídia também ajuda a esconder tudo isto e tudo isto.
(indicando ambos os extremos do fluxo do consumo)
Por isso, a única parte da economia que vemos são as compras.
A extração, produção e envio para o lixo, acontecem fora do nosso campo de visão.
Por isso, nos Estados Unidos temos mais coisas do que tivemos antes,
mas pesquisas mostram nossa felicidade declinando.
Nossa felicidade teve o seu pico na década de 1950,
a mesma época em que a febre consumista explodiu.
ãham!! Coincidência interessante!
Acho que sei e o porquê.
Temos mais coisas, porém menos tempo para o que realmente nos faz felizes:
amigos, família, tempo livre.
Estamos trabalhando mais do que nunca.
Alguns analistas dizem que não temos tão pouco tempo livre
desde a sociedade feudal.
E sabem quais são as duas atividades que mais fazemos no pouco tempo livre que temos?
Ver televisão e fazer compras!
Nós americanos, passamos 3 a 4 vezes mais tempo comprando do que os Europeus.
Assim, estamos nesta situação ridícula, vamos trabalhar talvez em dois empregos,
e quando chegamos em casa exaustos e sentamos no sofá novo para ver televisão,
e os anúncios dizem que não prestamos,
então vamos às compras para nos sentirmos melhor,
depois trabalhamos mais para pagar o que compramos,
e chegamos em casa mais cansados, vemos mais televisão,
que nos diz para fazermos compras outra vez,
e estamos neste ciclo de "trabalhar-ver-comprar",
e podíamos simplesmente parar.
Então, no final, o que acontece a todas estas coisas que compramos?
Neste ritmo de consumo, não cabe tudo em casa,
apesar do tamanho médio das casas ter duplicado neste país desde os anos 70.
Vai tudo para o lixo.
E isso leva-nos ao Tratamento do lixo.
Esta é a parte da economia de materiais que conhecemos melhor,
porque nós temos que levar o lixo até à esquina.
Cada americano produz 2 kg de lixo por dia, o dobro do que fazíamos há 30 anos.

Todo este lixo, ou é despejado num aterro, que é um grande buraco no chão,
ou, ainda pior, primeiro é incinerado e depois despejado num aterro.
As duas formas poluem o ar, o solo, a água, sem esquecer que alteram o clima.
A incineração é realmente ruim.
Lembra daqueles tóxicos da fase da produção?
Bem, queimar o lixo libera esses tóxicos no ar.
Pior ainda, produz super-tóxicos novos, como a dioxina.
A dioxina é a substância mais tóxica feita pelo homem,
e os incineradores são a principal fonte de dioxinas.
Isso significa que podemos parar a principal fonte da mais tóxica substância
conhecida e feita pelo homem, simplesmente parando de queimar o lixo.
Podemos parar hoje!
Algumas empresas não querem criar aterros e incineradores aqui,
por isso também exportam os resíduos.

Então, e a reciclagem? A reciclagem ajuda?
Sim, a reciclagem ajuda.
A reciclagem reduz o lixo nesta extremidade,
(indicando o Tratamento do lixo)
e depois reduz a pressão para minerar e colher mais nesta extremidade.
(indicando a matéria prima)
Sim, sim, sim, todos devemos reciclar.
Mas reciclar não é suficiente.
Reciclar nunca será suficiente, por duas razões:
Primeiro, o lixo que vem de nossas casas é apenas a ponta do iceberg.
Para cada saco de lixo que deixamos na esquina, 70 sacos de lixo são
criados anteriormente só para fazer o lixo desse saco que deixamos na esquina.
Assim, mesmo que pudéssemos reciclar 100% do lixo das nossas casas,
não se chegaria ao coração do problema.
Além disso, grande parte do lixo
não pode ser reciclado,
ou porque contém demasiados tóxicos,
ou porque é criado de início para não ser reciclável.
Como aquelas caixas de suco
que têm camadas de metal, papel e plástico, todas coladas.
Não dá para separar essas camadas para reciclá-las.
Como se vê, é um sistema em crise.
Por todo o percurso, estamos batendo em limites.
Do clima em mudança ao decréscimo da felicidade,
Simplesmente não está funcionando.
Mas a parte boa de um problema tão generalizado
é haver tantos pontos de intervenção.
Há pessoas trabalhando aqui (indicando o terceiro mundo),
salvando florestas, e aqui (indicando a indústria), na produção limpa.
Pessoas trabalhando em direitos do trabalho,em comércio justo,
em consumo consciente, no bloqueio de aterros e incineradoras.

E, muito importante, em recuperar o nosso governo,
para que seja realmente pelas pessoas e para as pessoas.
Todo este trabalho é criticamente importante, mas
as coisas vão realmente começar a se mover quando enxergarmos as ligações,
quando enxergarmos o panorama geral.
Quando as pessoas ao longo do sistema se unirem,
podemos reivindicar e transformar este sistema linear em algo novo,
um sistema que não desperdice recursos ou pessoas.
Porque aquilo de que precisamos nos livrar
é da antiga mentalidade de usar e jogar fora.
Há uma nova escola de pensamento neste assunto,
e é baseada em sustentabilidade e equidade.
Química verde, zero resíduos,
produção em ciclo fechado, energia renovável,
economias locais vivas.
Já está acontecendo.
Há quem diga que é irrealista, idealista, que não pode acontecer.
Mas eu digo que quem é irrealista
são os que querem continuar pelo velho caminho.
Isso é que é sonhar.
Lembrem-se que a velha forma não aconteceu por acaso.
Não é como a gravidade, com que temos que conviver.
As pessoas as criaram, e nós também somos pessoas,
por isso vamos criar algo novo.