segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

REMIR O TEMPO


“Se você não tem tempo para fazer o que deveria estar fazendo, é porque gasta tempo com o que não deveria estar fazendo” . Ouvi essa frase de um homem de quem já fui discípulo: Edson Barbosa. Ela me marcou e mudou minha vida. Percebi que muitas coisas não são atingidas, não porque são difíceis, mas porque as prioridades não são respeitadas. Tenho um emprego secular e pastoreio uma igreja. Durante certo tempo fazia ainda um curso complementar para validar o meu bacharelado em teologia. O tempo era escasso. Gosto de, após um dia complicado no trabalho ou na igreja, simplesmente fazer algo sem importância, que não me obrigue a pensar muito. O Espírito Santo, porém, lembrou-me a frase do inicio desta meditação durante meio ano. As tarefas se acumulavam e o tempo apertava. Toda vez que pensava em “relaxa”, o Espírito Santo me lembrava de remir o tempo. Deixei os meus hobbies e me dediquei ao que tinha de fazer. Venci as pendências e me senti realizado. Há muitos que reclamam de não achar tempo para orar ou ler a bíblia e se ressentem de fraqueza espiritual. Precisam saber que não se pode apenas “encontrar” um tempo disponível para essas coisas, mas sim “tirar” tempo para a essencial comunhão com Deus. Quem se aplica ao essencial não terá de correr para recuperar as coisas que perdeu no meio do caminho, como a paz interior, a certeza da aprovação e amor de Deus, ou a sabedoria para vencer nas provações. Já tirou tempo para Deus hoje?

Por: Josias Brepohl
Extraido: Meditações Luz e Vida/2012

Kari Jobe -You Are For Me

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

COVEIROS DE IGREJA - Parte 2


Pastor João Falcão Sobrinho

Perguntei a um missionário da Sociedade Batista Missionária (BSM, na sigla em inglês): “Por que aquela igreja está morta?” A resposta dele me colocou um grande peso na alma. Disse ele: “Aquela igreja, outrora tão viva, morreu porque perdeu a sua visão missionária.” Vi a mesma coisa em Nova Jersey, onde um grande e lindo templo, que antes abrigava uma igreja viva, agora era uma danceteria. A igreja morreu! O motivo era o mesmo: Esta igreja também perdeu a sua visão missionária.

Você é pastor ou líder de uma igreja no Brasil e quer mata-la? Então, sepulte o seu fervor missionário. Não motive a igreja para orar por missões, nem pregue sobre vocações missionárias e esqueça as ofertas para missões.

Havia uma senhora na igreja de Acari, na Zina Norte do Rio de Janeiro, onde fui pastor, que quando eu perguntava: “ Como esta?” ela sempre respondi: “Nem cá, nem lá: caminhando pra Irajá” (para o túmulo da sua família localizado no cemitério desse bairro vizinho, eu entendia). Ao ler os relatórios das nossas Juntas missionárias sobre as ofertas das igrejas pra missões, fico muito triste por ver que, se depender da visão dos seus lideres, muitas dessas igrejas omissas não percebem que contribuir para o sustento da obra missionária dá vida, fervor e alegria á igreja? Será que não percebem que estão sendo, eles mesmos, os lideres sem visão missionária, os coveiros das suas próprias igrejas?

Eu e minha esposa oramos para que Deus mude esse quadro. Que todas as igrejas batistas do Brasil, não penas um pequeno percentual, voltem ao fervor missionário dos tempos de pioneirismo. Ore, você também, para que não tenhamos de, em futuro não distante, assistir á morte de muitas igrejas. Dou graças a Deus pelo ardor com que nossas Juntas missionárias encaram a sua missão e apelam ás igrejas. Permitamo-nos ser empatados por esse fervor.

Fonte: Revista Batista A Colheita Ano VIII - N° 42 Novembro/Dezembro 2011

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

COVEIROS DE IGREJA - Parte 1


Pastor João Falcão Sobrinho

Quando pastoreava a Primeira Igreja Batista de Irajá,no Rio de Janeiro,eu era assíduo frequentador do cemitério daquele bairro.Quase uma vez por semana lá estava acompanhando o sepultamento de algum membro ou familiar de membros da igreja.,sem contar as vezes que eu tinha de ir a outras necrópoles.
ao ver os coveiros no seu trabalho sem glória,mas útil,sempre pensava:"Esses homens fizeram da morte a sua rotina de vida.Para eles,descer um esquife à cova e cobrí-lo de terra é apenas o seu meio de vida".Quantas vezes esses homens ouviram testemunhos de pessoas salvas por Jesus nas breves palavras proferidas por pastores à beira das sepulturas,mas isso também era parte da sua rotina de trabalho.
Nunca batizei um coveiro e nunca soube que um deles tivesse aceitado a Cristo.Será que o convívio com a morte torna a alma insensível ao amor de Jesus?Com a mesma insensibilidade,com o mesmo sentido de uma rotina a cumprir,pastores e líderes matam o fervor missionário de uma Igreja ,que deve ser uma comunidade missionaria por princípio vital,estão cumprindo a lúgubre função de coveiros.Coveiros de igrejas!
Certa vez vistei uma igreja batista na Inglaterra.Ela se reunia em um belo templo para mais de 2.000 pessoas,mas naquele Domingo pela manhã(não se reuniam à noite) havia 32 pessoas presentes.Eu sabia que aquela igreja,um século antes,tinha sido uma poderosa agência missionária que lotava seu grande templo de crentes com grande fervor pela evangelização do mundo.Agora aquela igreja estava morta.No "culto" de que participei,não houve uma oração,nem leitura bíblica,nem qualquer cântico.A mensagem do pastor foi sobre a entrada da Inglaterra no Mercado Comum Europeu e o apelo foi pela lealdade à rainha.
Duas velas permaneceram acesas sobre a mesa da ceia durante os 12 minutos do ritual,dando um pouco mais de realismo à cena funérea que ali transcorria.Senti um profundo pesar por ver uma igreja morta.

Fonte: Revista Batista A Colheita Ano VIII - N° 41 Setembro/Outubro 20011