quinta-feira, 14 de outubro de 2021

O que fazer quando sinto medo?



Quando estamos diante do MEDO temos duas reações principais. Luta e fuga. 

Lutamos, quando enfrentamos ou atacamos - aí lembramos daquela velha frase: a melhor defesa é o ataque (só que não). Por isso, muitas vezes, assumimos um comportamento impulsivo ou explosivo. 

É como se algo em mim dissesse: antes que eu seja atacada de surpresa, eu mesmo gero o perigo para que eu possa controlar melhor a situação - mesmo isso não sendo possível.

Fugimos quando negamos a situação ou a decisão que precisamos tomar.  Dizemos: não sinto medo, só não faço isso porque... bla bla bla... (é medo mesmo). 

Essa negação exclui uma dor muito profunda. Só que a exclusão gera repetição. Então, com frequência, quando negamos algo, repetimos a situação indesejada (mudando os personagens) até que ela possa ser vista e incluída. 

Essa repetição pode nos colocar em risco, mas como estamos em negação, não vemos o risco. Por isso, muitas pessoas dizem que não tem medo da morte.  Nesse caso não é só negação, é um flerte com ela, como se o perigo pudesse lhe ajudar a resolver no presente uma dor do passado - mesmo não sendo possível. 

Moral da história... tanto o ataque quanto a negação são formas arcaicas de lidar com o medo. Funciona? Sim, claro. Se não funcionasse a gente não estava aqui. Porém, com a nossa evolução, já conseguimos perceber esses padrões atuando e podemos optar por novas formas de agir. 

Então nosso maior desafio é aprender a lidar com as situações abrindo mão do controle e da negação. Digo: Desisto de controlar - confio no processo. Desisto de negar - olho com corinho para minha dor. 

Para isso precisamos de muita coragem - no verdadeiro sentido da palavra. COR de coração + AGEM de agir. Ou seja, agir com o coração. Isso não quer dizer agir de forma impulsiva. Isso seria uma forma de obter controle. Coragem também não é agir sem medo. Ausência de medo é negação. Coragem é agir acolhendo o medo com carinho e agir mesmo com medo. 

Sinta aí se ressoa 


Por.: @souvivianelopes - www.souvivianelopes.com


Imagem: Pixabay

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