sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

PERDOAR É LIBERTAR-SE



O perdão não é um sentimento e sim uma decisão de liberar o ofensor, cancelando a sua dívida. Ao fazer isso quem experimenta a liberação é a pessoa que perdoa, pois liberta-se de coisas que aprisionam sua alma. Atualizar constantemente as ofensas pode ser comparado a um carcereiro que se posiciona como guarda da prisão de seu ofensor, garantindo para que não escape, que fique definitivamente preso, sem jamais poder superar o seu erro. E sem se dar conta aprisiona-se também. Pois para isso é preciso também atualizar constantemente suas mágoas, impedindo a superação de sua dor pela ofensa recebida. Dessa forma ficam presos tanto o ofensor como o ofendido. Poderão, nessa dinâmica, permanecer presos por  longos períodos e até mesmo por toda a vida, caso o perdão não ocorra. A vivência será de falta de paz interior, inclusive, é possível morrer espiritualmente e adoecer fisicamente. Perdoar não significa fingir que nada aconteceu e que não está doendo, mas é liberar e dar nova chance ao outro. É abrir a porta do presídio e liberar o ofensor. Com essa atitude acaba também liberando-se da tarefa árdua de carcereiro. Passa então a descansar no Senhor, crendo que trabalha sempre na restauração de vida e o fará tanto na vida de quem feriu como na do ferido. Quem desenvolve a habilidade de perdoar experimenta alívio no coração e na mente. Por isso, quem perdoa acaba não apenas libertando o ofensor, mas se liberta de uma carga de sentimentos negativos, associados à ofensa vivida, que já não mais precisa carregar.

 

Extraido: Meditações Luz e Vida
Por.: Clarice Ebert



 

Nenhum comentário:

Postar um comentário