O perdão não é um sentimento e sim uma decisão de liberar o ofensor, cancelando
a sua dívida. Ao fazer isso quem experimenta a liberação é a pessoa que perdoa,
pois liberta-se de coisas que aprisionam sua alma. Atualizar constantemente as
ofensas pode ser comparado a um carcereiro que se posiciona como guarda da
prisão de seu ofensor, garantindo para que não escape, que fique
definitivamente preso, sem jamais poder superar o seu erro. E sem se dar conta
aprisiona-se também. Pois para isso é preciso também atualizar constantemente
suas mágoas, impedindo a superação de sua dor pela ofensa recebida. Dessa forma
ficam presos tanto o ofensor como o ofendido. Poderão, nessa dinâmica,
permanecer presos por longos períodos e
até mesmo por toda a vida, caso o perdão não ocorra. A vivência será de falta
de paz interior, inclusive, é possível morrer espiritualmente e adoecer
fisicamente. Perdoar não significa fingir que nada aconteceu e que não está
doendo, mas é liberar e dar nova chance ao outro. É abrir a porta do presídio e
liberar o ofensor. Com essa atitude acaba também liberando-se da tarefa árdua
de carcereiro. Passa então a descansar no Senhor, crendo que trabalha sempre na
restauração de vida e o fará tanto na vida de quem feriu como na do ferido.
Quem desenvolve a habilidade de perdoar experimenta alívio no coração e na mente.
Por isso, quem perdoa acaba não apenas libertando o ofensor, mas se liberta de
uma carga de sentimentos negativos, associados à ofensa vivida, que já não mais
precisa carregar.
Extraido: Meditações Luz e Vida
Por.: Clarice Ebert
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