sexta-feira, 23 de março de 2018

O FERIDO DE DEUS

"Para Celebrar a Páscoa" - Ricardo Barbosa de Sousa - Editora Ultimato



 “Jesus Cristo, tua luta é nossa vitória, tua morte é nossa vida. Em tuas algemas nasce nossa liberdade. Tua cruz é nosso consolo, tuas feridas são nossa salvação, teu sangue é nosso resgate, a herança dos pobres pecadores.”  
Adam Thibesius, 1596-1652



 Meditação 
“Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz duma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso” (Is. 53:1-3). Uma cena que frequentemente me choca é a de crianças famintas do Sudão ou Etiópia. Pele grudada nos ossos, olhos esbugalhados e sem expressão, moscas pousando no corpo sem vida, força ou vontade. Geralmente mudo rapidamente o canal da televisão ou viro a página da revista. Me deprime, causa um profundo mal estar. A cruz fez de Cristo uma pessoa rejeitada. A dor e o sofrimento causam o abandono e o desprezo. Os hospitais estão cheios de doentes solitários, quanto mais grave sua doença, maior a solidão. Não há beleza na cruz, nada que nos agrade, que desperte nosso olhar ou admiração. Certamente passaríamos ao largo se a cruz se encontrasse em nosso caminho de volta para casa, como evitamos um pedinte com feridas expostas.  Somente quando vemos nossas próprias chagas e reconhecemos que são elas que desfiguram o corpo de Jesus, é que o abraçamos e, pela fé, o recebemos como o ferido de Deus que nos cura de nossas enfermidades. Como você reage diante da dor, do sofrimento, da injustiça? 

Intercessão:
Ore para que a igreja não fuja da realidade da dor e do sofrimento, que olhe para a cruz, não com compaixão e piedade, mas com devoção e temor.


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