"Para Celebrar a Páscoa" - Ricardo Barbosa de Sousa - Editora Ultimato
“Jesus Cristo, tua luta é nossa vitória, tua morte é nossa vida. Em
tuas algemas nasce nossa liberdade. Tua cruz é nosso consolo, tuas
feridas são nossa salvação, teu sangue é nosso resgate, a herança
dos pobres pecadores.”
Adam Thibesius, 1596-1652
Meditação
“Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o
braço do Senhor? Porque foi subindo como renovo perante
ele e como raiz duma terra seca; não tinha aparência nem
formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos
agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens;
homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como
um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado,
e dele não fizemos caso” (Is. 53:1-3).
Uma cena que frequentemente me choca é a de crianças
famintas do Sudão ou Etiópia. Pele grudada nos ossos, olhos
esbugalhados e sem expressão, moscas pousando no corpo
sem vida, força ou vontade. Geralmente mudo rapidamente
o canal da televisão ou viro a página da revista. Me deprime,
causa um profundo mal estar.
A cruz fez de Cristo uma pessoa rejeitada. A dor e o sofrimento
causam o abandono e o desprezo. Os hospitais estão
cheios de doentes solitários, quanto mais grave sua doença,
maior a solidão. Não há beleza na cruz, nada que nos agrade,
que desperte nosso olhar ou admiração. Certamente passaríamos
ao largo se a cruz se encontrasse em nosso caminho de volta
para casa, como evitamos um pedinte com feridas expostas. Somente quando vemos nossas próprias chagas e reconhecemos
que são elas que desfiguram o corpo de Jesus, é que o abraçamos
e, pela fé, o recebemos como o ferido de Deus que nos cura
de nossas enfermidades.
Como você reage diante da dor, do sofrimento, da injustiça?
Intercessão:
Ore para que a igreja não fuja da realidade da dor e do sofrimento,
que olhe para a cruz, não com compaixão e piedade,
mas com devoção e temor.
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