Semana da Páscoa
“Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.”
(João 13.1)
(João 13.1)
Este verso abre um dos textos mais tocantes das Escrituras, a meu ver. Seus acontecimentos tiveram lugar pouco antes de uma das mais importantes festas judaicas: a Pascoa. Uma festa para rememorar a libertação do cativeiro egípcio. Moisés, em nome de Deus, enfrentou Faraó, o soberano do Egito, e o venceu. Por quatrocentos e trinta anos os judeus viveram no Egito e lá haviam sido escravizados. A primeira Páscoa marcou sua libertação e inaugurou o Êxodo, uma jornada que os ensinaria profundas lições sobre liberdade e confiança em Deus. Certamente não era fácil para eles celebrarem a Páscoa e estarem, mais uma vez, escravizados. Agora, sob o domínio de Roma, submetidos ao poder de César.
Eles sabiam o que significava a Páscoa, mas somente Jesus sabia o que aquela Páscoa significava. Seu tempo havia chegado. A declaração de João Batista, feita logo no início de seu ministério público, aproximadamente três anos antes, se efetivaria: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Ele deixaria o mundo e voltaria para o Pai. E essa partida se daria sob o peso e a dor de uma cruz. As palavras de Isaías se tornariam história: “Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.” (Is 53.7) Mas Jesus não está tomado de pavor e nem amargurado. Ele é Senhor e não escravo das circunstâncias.
Os discípulos haviam ouvido Jesus dizer várias vezes sobre aquele momento, mas não conseguiram entender o que o Mestre estava dizendo. Por isso, tudo estava oculto aos seus olhos. Só Jesus sabia! E o que fez diante disso, desse total distanciamento de pessoas tão próximas? Os amou, escreve João, e amou até o fim. Essa é o início e o fim da história de Jesus entre nós. Porque Deus amou o mundo Ele veio. Jesus é a prova do amor de Deus (Rm 5.8) por nós. Um amor que não desiste, e ama até o fim. Se esse amor não nos mudar, nada nos mudará. Se não for bastante para nos fazer amar uns aos outros, nada será. E é bom que saibamos: no Reino de Deus, sem amor, nada tem valor (1 Co 13). Estamos há alguns dias da Páscoa. Ele tem nos amado e amará até o fim. Que diferença isso tem feito em nossa vida?
Fonte.: www.ibpc.org.br
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